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Arrodear cansa, sabia?

Era notório que você chegava cansado da faculdade, por causa de um trajeto de quase uma hora de ônibus. Exemplifique como você poderia chegar em menos tempo, evitando o arrodeio.
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Era notório que você chegava cansado da faculdade, por causa de um trajeto de quase uma hora de ônibus. Exemplifique como você poderia chegar em menos tempo, evitando o arrodeio.

Pergunta feita por este editor

Período de 2010 a 2013. Guarde esse período para entender a minha história. Eu estudava numa faculdade que na prática é em outra cidade. Sim, o Uniesp (na época IESP) fica no bairro Morada Nova, em Cabedelo. E é Cabedelo que aparece na folha de rosto do meu TCC, dos artigos, enfim, eu estudava em Cabedelo, a menos de 500 metros da divisa com João Pessoa. Como todo mundo pensa em tudo menos em pensar o sistema de transporte público como efetivamente metropolitano como é nas regiões metropolitanas de Recife e Vitória, o que se tem até hoje é isso, cada um por si e um sistema bagunçado para todos. Ir e vir era uma aventura.

Vamos começar por duas coisas: a opção “fácil” da época era usar a linha 5204, hoje extinta, para embarcar e desembarcar na BR-230, só que com um detalhe: a parada era de um lado, e a faculdade do outro. A linha na época não ia até lá e não existia a passarela que existe hoje. Afora questão de lotação, já era uma alternativa descartada. O que me restava era pegar qualquer carro que não tivesse quatro dígitos (202, 203, 204) e descer em alguma parada viável para pegar a linha 1001. Viável que eu digo por que era impossível fazer isso seis horas da manhã em Jaguaribe. O ônibus vinha lotado com gente até a porta. Tentei outra estratégia.

O jeito era pegar um carro de três dígitos (o 2300 incrivelmente servia, mesmo sendo quatro dígitos), fazer a baldeação física no Varadouro para um ônibus que não saísse lotado e descer no início da Epitácio Pessoa. Sabia que o 1001 “esvaziava” próximo do Lyceu Paraibano (a escola que estudei no Ensino Médio) e esperava o ônibus duas paradas depois. E descia na porta da faculdade.

No retorno, já que a parada ficava na porta da faculdade, servia o próprio 1001, ou outros ônibus que passavam na frente, como 5100 ou um vindo de Cabedelo. E descia na Lagoa de onde esperava um ônibus de três dígitos, circular não servia. As mudanças que viriam a acontecer depois aconteceram depois que eu saí da faculdade. Por isso vocês sentiram falta. Guardaram que tudo isso aconteceu de 2010 a 2013?

Uma dessas linhas que pegava na volta era a do Renascer, que depois foi incorporada ao sistema municipal de João Pessoa ainda que atenda ao bairro de Cabedelo, tamanha é a bagunça que existe aqui e que poderia ser simplesmente resolvida se o sistema fosse pensado não só para o perímetro de João Pessoa, mas levando em consideração os municípios vizinhos sem que os passageiros de outras cidades paguem caro até para baldear. Veja só a cidade de Bayeux. Além da própria cultura do arrodeio, o passageiro da cidade ainda paga para trocar de ônibus para muitas vezes ir até áreas do Centro de João Pessoa.

Voltando para a minha aventura, ou melhor, o meu trajeto, já sentia que aquilo era cansativo. Tanto que eu até adotei uma solução mais “rápida”, mas não sem arrodear, mas minimizando. Deixei de usar o 1001 e passei a usar 602 e 604, que sabia que faziam contorno no Retão de Manaíra para voltarem a Tancredo Neves. Para não atravessar a avenida, descia na lateral do antigo Forrock (hoje Novo Atacarejo). Era como podia chegar em menos tempo. Passar por Mandacaru e Tancredo Neves é muito mais rápido do que pela Epitácio, e é a alternativa que eu considero mais direta. A segunda parte da pergunta traz a resposta que considero a mais viável para mim, e que acabei por adotar no último ano de faculdade.

Era lógico que chegava cansado da faculdade, chegava cansado de casa, muitas vezes queria dormir até de tarde, mas eu conseguia fazia as tarefas, trabalhos e tudo o mais que a faculdade pedisse. Lutei por isso e não poderia desperdiçar. O resultado é que somente uma única vez eu fiz prova final na faculdade, e era justamente na cadeira de Psicologia Geral e da Comunicação (se não me falhar a memória). E passei. Como passei por média em todas as demais, até naquelas cadeiras que considerava difíceis. Os tempos da faculdade são lembranças tão claras na memória que dariam outros posts, e o assunto aqui é transporte público.

Onze anos depois de concluir a faculdade e de lá trazer lembranças e aprendizados, o que eu trago de lembrança desses trajetos são as músicas das rádios que eu escutava no caminho, naqueles celulares com rádio FM e câmera VGA. Levou um tempo, mas juntei música por música dessas lembranças, e as organizei em playlists do Spotify que ouço em vários momentos do dia. Inclusive agora, escrevendo este texto na madrugada de domingo para ir ao ar na manhã da terça-feira.

De resto, trago dos meus tempos de faculdade de Publicidade e Propaganda as experiências e aprendizados que uso até hoje por aqui. Porque o que cansa de verdade é arrodear como eu arrodeei todos os dias para ir e vir para a faculdade, e eu superei esse desafio dando o melhor de mim em todas as tarefas e trabalhos que hoje são o

Este é o tema “Conhecendo Você”, o primeiro post do dia no Site Josivandro Avelar, com perguntas que eu respondo sobre temas de autoconhecimento e cotidiano. Inicialmente elaboradas por inteligência artificial, as perguntas passaram a ser elaboradas por mim e pelo público através dos canais de contato e redes sociais.

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