Fale sobre seu pai ou uma figura paterna em sua vida.
A minha figura paterna é a minha mãe. Isso porque o meu pai se separou dela quando eu tinha três meses de idade, em plena véspera de Natal. Um sábado como será a véspera de Natal esse ano. Mas você diria: como você fala isso com tranquilidade e sem que isso pareça para muitos um gatilho?
Porque eu não me lembro disso, era um bebê. E cresci assim, sem uma figura paterna. E nada para mim podia substituir o que não tinha o que ser substituído, afinal o que havia para substituir se não tive essa figura paterna?
Desse modo, minha mãe tem sido o meu pai. Ela é a minha referência de figura paterna como é naturalmente como figura materna.
E o meu pai? Algumas vezes veio em casa, em outras conversou comigo ainda que raramente, e bem, como não tive a oportunidade, como dito, de ter tido essa figura paterna, não é algo que eu guardo mágoas.
Até porque, querendo ou não, faz parte da minha vida. E dele herdei o sobrenome Avelar que uso no meu nome profissional. Porque apesar de tudo, faz parte de mim.
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