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#ContentTalks: Qual o meu rumo?

Eu fico me perguntando qual é o meu rumo na minha carreira. Porque eu quis quebrar barreiras consideradas intransponíveis.
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A gente pensa todos os dias para onde os nossos sonhos nos levam. Mas pensa também que no meio de tudo isso existem barreiras. E eu fico me perguntando qual é o meu rumo na minha carreira. Porque eu quis quebrar barreiras consideradas intransponíveis. Mas por conta de determinadas coisas, sempre vão te impedir de um monte de coisas por você não ser uma pessoa conhecida, por vir de um lugar que as pessoas têm impressão estereotipada seja pela imprensa, seja pela maioria das pessoas da sua própria cidade, por não ser herdeiro nem ter recursos suficientes. As pessoas olham e talvez nem acreditem em você, mas nem tiveram tempo de olhar o que você faz com a calma que é necessária.

A vida parece ser difícil e ela de fato é, e talvez eu não consiga nesse momento expressar com as palavras corretas o que eu sinto agora. Mas muitas vezes as circunstâncias as quais me colocaram me obrigam. Mas qual o meu rumo e onde eu vou parar? Será que vão sentir a minha falta se eu parar? Onde o meu trabalho ainda é útil e pode agregar alguma coisa para as pessoas? Não que eu vá parar, mas as dificuldades são enormes nesse momento e eu não me sinto feliz da maneira que eu gostaria. Mas eu queria ainda ter um pouco de força, se é que ainda há onde encontrar. Nunca é sobre o senso comum, mas esse senso comum que te enfiam na cabeça destrói sonhos e carreiras.

Não tive as mesmas experiências que profissionais que tem a mesma formação que a minha. Quem me conhece sabe porquê. A minha experiência eu mesmo construí com os recursos que me foram possíveis. E sabe que não adianta provar ao mundo que você faz coisas extraordinárias, porque o mercado que deveria prezar pela qualificação do setor não preza isso. Sim, eu tenho uma qualificação e de que me valeu durante esse tempo todo, se a realidade é dura para quem não tem as mesmas oportunidades? Porque sozinha, não basta. E nunca vou ser a pessoa que vai estar perto de outras por interesse. Não faz parte da minha natureza, e eu espero que saibam disso. Relações se constroem de maneira natural.

E eu vou entender assim. Porque o que eu fiz e eu faço até hoje foi na base da minha competência. Mas a verdade é que eu ainda tenho que provar justamente por coisas que fogem dela. E a batalha é árdua. Não envolve apenas pessoas, envolve também aquilo que não se vê e não se toca, mas se controla. E assim a gente observa o quanto o mundo é de determinadas pessoas, de um determinado grupo, e para que o Sol nasça para você igual nasce para quem tem sorte, é uma luta. A minha já dura 16 anos e vai continuar assim, mesmo que ninguém veja, mesmo que eu lute sozinho, e muitas vezes só eu sei o que eu passo todos os dias.

É sobre fazer o que você gosta e o que você se sente bem fazendo. Porque ninguém está aqui para ser um robô programado só para dizer sim, você tem capacidade, você tem força de vontade, você tem o que as pessoas buscam mas fingem ter dificuldade de buscar. Eu sei qual é o meu rumo e essa é apenas uma fase, eu sei. Mas até quando essa fase vai durar? O que mais eu preciso provar? Sei que tudo é uma questão de sorte e de coisas que você precisa conquistar. O que eu conquistei, foi com força de vontade e busca pelo meu melhor. A gente sabe para qual rumo ir, e eu sei para onde eu quero ir.

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