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As festas juninas mais surreais das nossas vidas

A pandemia do COVID-19 modificou até o que parecia sólido, tornando datas antes "inderrubáveis" coisas surreais. Assim está sendo com as festas juninas.
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Nada de fogueiras nas ruas. Nem soltar fogos. Os shows das cidades foram cancelados. As pessoas farão as suas festas cada uma em suas casas, com as suas famílias. Coisas que parecem surreais, se deparam com a realidade que o ano de 2020 nos apresentou da maneira mais abrupta possível nas nossas vidas.

Se você ainda não tem noção do quanto a pandemia do COVID-19 passou como uma onda por cima de muitas coisas até então “inderrubáveis”, essa é mais uma dessas que nos mostra o impacto de uma realidade que muitos de nós nunca antes vivemos.

Mas é vivendo que se aprende a superar as adversidades com criatividade. Ou será que o ser humano desaprendeu a ser criativo nesses momentos? É em momentos assim que testamos a nossa capacidade de superar desafios e nos adaptar aos novos tempos, ou ao “novo normal”, como dizem. Assim foi com a Páscoa, com o Dia das Mães…

A tecnologia conseguiu amenizar um pouco as distâncias dos nossos familiares mais distantes ao artista que não tem o palco para se apresentar. E é com ela que teremos que contar nessas festas juninas reinventadas pela pandemia.

São coisas que falei duas vezes em dois posts, mas ainda assim quis escrever de novo. É o impacto de não acreditar que vivi para ver tanta coisa em pouco tempo. E de viver tudo isso.

Adaptar agora, comemorar no futuro

Pelas pessoas que estão se recuperando em casa dessa doença que até hoje é uma incógnita. Pelas pessoas que, justamente pela incógnita que é o coronavírus, não podem pegá-la. Não chame isso de medo, jamais! Só teria medo do visível, do monstruoso. Os inimigos invisíveis já te pegaram desprevenidos. É e são batalhas.

Não sei como, mas amanhã, com as restrições que cabem, podemos fazer lembrar as festas de São João em família, fazendo delas únicas, mais tradicionais e menos surreais do que possam parecer.

E isso perdemos um pouco lá atrás. Quem sabe não é a chance de recuperar? De matar as saudades daquelas noites em família, em que o calor humano aquece como se fosse uma fogueira, que não se pode fazer agora. Só por agora.

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