No dia 12 de março – um dia depois da declaração de pandemia do COVID-19 -, escrevi um post aqui no blog mostrando as principais tendências que o Google Trends identificou sobre o novo coronavírus: como as pessoas estavam pesquisando sobre o assunto.
Deixei as informações dinâmicas ali de propósito: porque eu sabia que elas iriam mudando conforme eu falava, e parte disso ficou lá gravada em texto.
E parece que o jogo virou. E infelizmente é desfavorável para nós.
Se você reparar na matéria que eu escrevi naquele 12 de março, os dados mudaram de uma forma impressionante conforme a coisa vai literalmente tomando a forma do que é uma pandemia no mais literal significado da palavra.
Só olhe os dados. E ignore o que eu escrevi, a menos que você queira estabelecer um contexto histórico entre 12 de março – dia seguinte a declaração de pandemia – para hoje, qualquer que seja esse dia o hoje.
Do álcool em gel, a quarentena apareceu e não saiu do topo quando falamos em métodos de prevenção. Alguns dias depois as medidas de isolamento social começaram a ser decretadas, estado por estado.
O coronavírus sobe ladeiras íngremes
E como chegamos a essa evolução da busca por informação? Números. Eles já falam por si e explicam tudo.
No dia 12 de março, tínhamos só 77 casos de coronavírus no Brasil, sem nenhum óbito – o primeiro óbito só foi registrado no dia 17 de março. Até ontem, 30 de abril, o número de casos chegou a 85.380, com 5.901 óbitos (dados atualizados aqui).
Com a intensificação das medidas de isolamento social, que viriam a ser adotadas nos dias seguintes a 12 de março, foi preciso pensar além do que apenas lavar as mãos, o que nunca deve deixar de ser feito. Mas para os dias mais difíceis.
A gente sabe que a curva que estamos pegando não é das melhores. Não mesmo.
E é por isso que não podemos relaxar de nenhuma forma.