Como transformar o cotidiano urbano, muitas vezes caótico, em algo poeticamente comunicável?
Pergunta gerada pela inteligência artificial e respondida por mim
Poesia é a arte de juntar palavras para formar algo bonito de ler. É quando você quer contar alguma coisa, expressar sentimentos, em um jogo de palavras, métricas, rimas, onde tudo se casa tão direitinho que fica bonito não só visualmente, mas também quando você lê. É quando você se preocupa com as rimas, com as métricas, é o que você faz com as palavras o que um artista faz com as cores, formas, ele pensa no que é melhor para ser visto e cria algo extraordinário, ou como bem dizem, poético. Afinal de contas, um monte de palavras soltas é apenas uma frase comum. Mas as palavras colocadas de uma maneira organizada e milimétrica se tornam uma poesia.
Mas será que eu escrevo poesias? Poucos realmente tem o talento para juntar as palavras certas na busca da tradução perfeita dos sentimentos. E eu aqui, tentando pensar nas primeiras palavras que me vem a cabeça quando o assunto é poesia no meio do caos cotidiano, só de olhar o título, a pergunta, e pensando como é que eu iria responder. E é assim que eu vou jogando com as palavras, sabendo que eu não estou fazendo uma poesia. Mas quando eu olho para fora, eu fico pensando: será que eu vejo poesia em todos os lugares que eu passar? Será que essa é a mesma impressão das pessoas ao seguirem suas rotinas e não se darem conta da poesia que as cerca?
Talvez o que não nos permita olhar para os lados e enxergar poesia é ele, o tempo, esse implacável que nos toma tudo, até o direito de fazer uma poesia, de enxergar poesia. Que a gente precisa enxergar e transformar em algo que a gente possa compreender, afinal, tudo ao nosso redor tem um sentido de existir, e o que nos cabe é compreender. Cá estou eu equilibrando o tempo e se eu não estou escrevendo uma poesia, e sim uma narrativa compreensível sem rimar, mas com uma métrica clara, eu estou de certa forma jogando com as palavras que eu tenho, que eu penso, e imaginando a resposta que eu vou dar para essa pergunta, que como você pode ver, não é em forma de poesia.
O ambiente pode ser moldado na poesia, o ambiente pode ser moldado no caos. Do mesmo jeito que a gente pensa em como organizar as palavras para escrever uma coisa que as pessoas possam compreender, a mesma coisa é o cotidiano urbano. Um conjunto de casas, carros, prédios, ambientes onde cada elemento conta uma história individual. E essas histórias se juntam em uma rua, que tem a sua história. Ao mesmo tempo que as ruas se juntam construindo a história de um bairro, da cidade, do país. Uma história nunca é construída de uma forma isolada. Uma história é feita de histórias. E nada separa as histórias de uma rua, de um bairro, das histórias de uma cidade.
A cidade que você vê é poesia ou funcionalidade? A cidade que você vive tem uma pegada poética ou é aquela cidade onde a rotina molda o ambiente? O ambiente que você vive e constrói todos os dias é moldado no caos? Vamos começar justamente por aí, entendendo o lugar onde a gente vive, a cidade onde a gente está. O que é preciso para a gente construir um ambiente que pode até ser muitas vezes caótico, mas no meio do caos, se esconde a poesia. É que a gente não tem tempo para parar e sentir, a gente tem tempo para um monte de coisas, menos para contemplar a cidade, o ambiente onde a gente está.
#SetePerguntas
O primeiro post do dia no Site Josivandro Avelar. Um tema por semana, com uma pergunta por dia sobre assuntos relacionados a arte, cidade e comunicação. Pergunte o que quiser, eu posso lhe responder.