Quais pessoas mais inspiraram você?
Vou lhes dizer uma coisa: tem vezes que a gente se inspira e se espelha. Mas os meus modelos de inspiração não são necessariamente aqueles que você chega e diz “eu quero ser como você”, porque a minha meta é e sempre foi construir a minha própria identidade e buscar inspiração nas pequenas coisas que muitas vezes não são vistas. Por isso, eu tenho um jeito diferente de definir as pessoas que me inspiraram.
Não poderia dizer que me inspiro na minha mãe. Eu não tenho o dom de venda que ela tem, nem a descontração dela. Ela entende minhas queixas e minhas diferenças.
Não poderia dizer que me inspiro no meu pai, porque não convivi com uma figura paterna. Mas dele tenho o sobrenome que eu escolhi dos dois que eu tenho para o meu nome de trabalho.
Não poderia dizer que me inspiro nos meus irmãos, porque cada um tem uma carreira distinta. E é aqui que está o fascínio das diferenças, porque cada um deles escolheu a sua carreira sem a interferência de ninguém. E cada um respeita a identidade e as escolhas do outro.
Eu me inspiro não nas pessoas, mas nos detalhes. Nas diferenças e características. A gente busca essas referências em vez de querer apenas ser, porque acredito que quando nos inspiramos em pessoas, deixamos de ser nós mesmos. E cada um é o que é, e está aí a minha família, não existem padrões de família, existe uma família, uma base, e isso basta.
A minha inspiração é a diversidade de ideias e unidade nos sonhos que a família tem. A minha mãe é única. Meus irmãos são únicos. Não haverá nada, nem poderia ser igual a eles.
Porque somos nós mesmos, e talvez isso explique tanto a razão de entender o sentido de uma coisa chamada identidade.
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