Num dia como hoje, há anos atrás, eu arrumava meus lápis e canetas e esperava ansiosamente pela volta às aulas. E hoje, como será o amanhã?
Pela primeira vez em tantos anos, a primeira segunda-feira de fevereiro não será para mim da mesma maneira que as outras. Não voltarei às aulas como aluno, de escola, de curso. Num instante, o tempo passou. A ansiedade passou. O momento chegou e… E agora?
Agora vejo o meu sobrinho começando no mesmo momento que eu parei. O seu primeiro dia de aula de tantos que ainda virão começou na semana passada. Agora foi ele que esperou ansiosamente por esse dia. E assim o fará até chegar na faculdade.
Ciclos são ciclos e gerações são gerações. A gente envelhece e logo vê a geração posterior começando o movimento que um dia você fez e esperou tanto. Agora já me formei, já colei grau e olho para tudo isso com muita saudade de um momento que a partir de agora já não volta mais.
E agora? Agora é o momento – e esse momento é inadiável – de ser um adulto de fato. Já cresci e pareço estar passando da hora, ainda mais quando se tem vinte e cinco anos de idade.
Na faculdade, ainda deixei colegas que amanhã começam tudo de novo enquanto, no momento em que eles estão em sala de aula, estarei ou dormindo, ou na batalha, ou escrevendo este blog.
Virar uma página é o momento que você também espera ansiosamente. E isso faz parte quando se tem a educação como pilar familiar e fundamental para a evolução do ser humano como cidadão. O que passou, passou. O que você aprendeu, coloque em prática.
E enquanto uma nova oportunidade não aparece, dedicarei-me a continuar cuidando dessa página mesmo com todos os problema, com o TOC, com a terapia que venho tendo para poder superar ainda esse problema que ainda não está completamente superado, enfim, dedicar um pouco mais de tempo para mim mesmo e para quem sabe, os destinos de meus colegas um dia se reencontrem com os meus.
E o realejo diz que eu serei feliz.
