As imagens abaixo mostram o auditório do Lyceu antes do início de uma palestra que marcava o lançamento de uma maratona escolar, realizada ontem. Alunos de várias escolas participarão dessa maratona escrevendo uma redação sobre a vida e o legado do diplomata e jurista (e ainda político, jornalista e historiador) Joaquim Nabuco. Os participantes concorrerão a prêmios.
Aí, na abertura do evento, foram convidados diretores de escolas do estado inteiro, os alunos que lá estavam, etc. A solenidade era mesmo o acontecimento: lá estiveram o secretário de Educação do Estado, Sales Gaudêncio, o diretor do jornal A União, a diretora da fundação que organiza a maratona e a presença de ninguém menos que o imortal da Academia Brasileira de Letras Evanildo Bechara.
As fotos obtidas foram tiradas antes do início da palestra.
Agora, a parte da palestra, onde falaram três pessoas: o secretário de Educação, a diretora da instituição que organiza o concurso de redação, e por fim, Evanildo Bechara.
Os assuntos mais citados foram a importância da leitura, que deve ser encarada como um prazer e não como uma obrigação, o legado do homenageado Joaquim Nabuco e, já que estamos falando de português, a reforma ortográfica.
Ao final da palavra de Bechara, um professor pediu a palavra e elogiou o imortal. E disse que já não se fazem mais alunos do Lyceu como antigamente, já que muitos dos presentes nem sequer prestaram atenção no que os palestrantes diziam.
Quem sabe uma das cabeças das fotografias abaixo não é o vencedor do concurso de redação, como bem diziam na palestra. Será que algum dos alunos da escola entrará para a história?
Nossa….desde 2002 que ñ via o auditório do Lyceu por dentro. Ñ mudou muita coisa. Quando eu vejo essas vidraças me lembro de alguns da minha sala que jogavam pedra para quebrar…lamentável.
Evento importante este, com pessoas “ilustres”…”ilustre”, claro, se tratando de “cultura”. Eis o motivo do professor dizer aquilo, e concordo com ele. Muitos na certa estavam ali no auditório para não assistir aula e irem embora mais cedo (exatamente como acontecia quando eu estudava). E por outra parte, os alunos tem razão de não terem prestado atenção pelo fato da temática ser desinteressante e desestimulante, aos olhos deles.
Um dos problemas da sociedade é que tem-se um padrão do que é cultura e do que ñ é cultura, aos olhos de quem querem dar as diretrizes do que é correto ou ñ. E pior ainda é que muitos que poderiam quebrar com essa situação ñ faz jus a palavras do Descartes: “Penso, logo existo”. Ou seja…esses estão boiando na vida, sem saber o que são e o que querem, sendo guiados por vontades instintivas. E sem senso-crítico ñ tem como argumentar e enfrentar os rótulos impostos.
E te dou os parabens por fazer diferença nessa multidão! Abraços