Já reparou como a nossa cidade é feita de detalhes que quase ninguém nota? Aqueles momentos e lugares que passam despercebidos na correria do dia a dia, mas que guardam a essência da história e da identidade local. Como disse o escritor Italo Calvino, “a cidade é o lugar onde tudo acontece, até o que parece invisível.” E é exatamente nesse invisível que moram tantas histórias boas, e as nossas vivências ajudam a entender melhor a cidade.
Morar e viver numa cidade significa habitar uma memória viva, feita de rodas de conversa, fachadas antigas, sotaques, ritos urbanos e tantos outros pequenos detalhes que constroem o nosso jeito de ser. Esses elementos invisíveis são o que sustentam o sentido coletivo, o sentimento de pertencimento. Quando não os documentamos, corremos o risco de perder a identidade que, dia após dia, vai sendo tecida.
Registrar o cotidiano e documentar o que aparenta ser trivial é como compor um grande quebra-cabeça coletivo. Ao dar voz ao que nos cerca e que é frequentemente oculto pela rotina, o que nós fazemos é justamente isso: fortalecemos nossas raízes e construímos uma conexão mais profunda com a realidade ao nosso redor.
William Zinsser, renomado autor e especialista em escrita, enfatiza: “A frase mais importante é a primeira. Ela deve capturar o leitor e incentivá-lo a prosseguir na jornada.” É exatamente esse convite que eu quero propor aqui para vocês, justamente o que eu mais gosto de fazer, e quem sabe, você também pode exercitar: observe sua cidade com atenção e compartilhe suas experiências.
O que eu quero é ouvir você! Sua voz é parte dessa história. Que tal deixar uma mensagem sobre o que faz você se sentir parte da sua cidade? Que histórias você carrega da sua cidade? Que detalhes quase invisíveis percebe que deveriam ser registrados? Compartilhe suas experiências e vamos juntos fortalecer a memória e a identidade do nosso lugar.











