O Carnaval deste ano não é um Carnaval qualquer. E muita gente tem motivos para comemorar esse momento, afinal, foram dois anos em que os foliões não poderiam brincar o Carnaval da maneira que gostariam, por causa de tudo aquilo que passamos e mudou de certo modo as nossas vidas. Mas em algum momento, tudo isso precisava ser extravasado.
É o Carnaval da retomada de uma rotina que achávamos que talvez nunca mais iriamos recuperar e até imaginar que nada disso seria mais possível diante de tudo o que passamos. Mas recuperamos apesar de tudo, apesar das turbulências e dos momentos difíceis. Recuperamos.
E fica o recado de quem imaginava que o Carnaval não deveria existir. Você pode não curtir, mas ele precisa existir. Basta apenas você aproveitar a folga desse período da sua maneira, afinal, o mundo não gira em torno de si mesmo, porque existem pessoas com diferentes mundos e até várias que fazem um mundo. E são esses mundos que se confraternizam.
Você deve saber o que passamos nesses dois anos – e quem não sabe? Depois da vacina, que fez toda essa tempestade chamada pandemia praticamente passar, o ciclo das coisas parece estar voltando aos seus eixos, e ainda existe quem duvida da vacina. Para esses, só tenho pena pela ignorância.
Eu estou aqui para continuar contando a história. E ela não existe se as datas que as pessoas comemoram culturalmente não existirem. Porque um povo sem cultura é um povo sem memória, e o mais belo de nós é o que fazemos quando estamos em um coletivo, em uma comunidade, afinal, essa é a nossa identidade.
Afinal de contas, esse não poderia, como não é um Carnaval qualquer. É o momento de extravasar o que ficou guardado nesses dois anos. E esperamos o momento certo para isso.
