Hoje é 12 de outubro, o Dia da Criança, e quis o destino e o calendário que este dia caísse numa quinta-feira, dia em que muita gente relembra coisas do passado nas redes sociais na forma do #tbt (Throwback Thursday, que pode ser traduzido como lembrança da quinta-feira). E certamente você deve ter lembranças de uma infância feliz nas suas memórias.
Na semana retrasada, fiz uma semana do Conhecendo Você, que é aquele tema do primeiro post de cada dia aqui do site onde eu respondo uma pergunta de um determinado tema sobre infância, numa referência aos 35 anos que eu completei naquela semana. Falei tantas coisas e tantas lembranças de uma infância feliz que muitas delas remetem ao lugar que eu vi crescer e continuo residindo desde que eu nasci.
E disso fazem parte as lembranças da rua quando não era calçada, era barro puro (só viria a ser calçada no final de 1999). Foi lá que a minha carreira literalmente começou, pois eu fazia desenhos usando os dedos como lápis. Eram desenhos efêmeros, que se apagavam com o tempo, com os pés e com as rodas dos carros que passavam.
Mas a poeira da rua que se foi deixou a sua herança, afinal, ela seria apenas mais uma lembrança do tempo em que tudo era difícil, que tudo era duro de se conquistar. Não que as coisas tenham mudado de uns tempos para cá, onde podemos até ter conquistado tudo, mas seguimos buscando a nossa afirmação.
Até porque nada do que hoje você vê e você lê todos os dias aqui no site e nas redes sociais seria possível sem a vivência de uma infância. Onde eu buscava as minhas próprias referências, as minhas próprias ideias, os meus próprios brinquedos, e todas essas referências que eu fui criando e descobrindo estão aqui no meu trabalho. Que tem um pouco da poeira que um dia existiu na rua.
E da casa que ainda está aqui. E de onde hoje, aos 35 anos de idade, eu escrevo estas memórias e lembranças de uma infância feliz.