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ILUSTRANDO A LISTA- MÃO DUPLA PARA QUÊ?

No “Ilustrando a lista” de hoje, vamos continuar falando da piada, ou melhor, da mobilidade urbana dos bairros do Cristo […]
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No “Ilustrando a lista” de hoje, vamos continuar falando da piada, ou melhor, da mobilidade urbana dos bairros do Cristo e do Rangel. Os bairros são cheios de ruas retas, porém mal aproveitadas. Algumas são mão dupla sem necessidade, o que implica na sobrecarga de umas e na ociosidade de outras.

vai e vem

Só aqui vou citar dois exemplos de vias que já deveriam ser mão única faz muito tempo, mas continuam sendo vias de mão dupla sem a menor necessidade.

1-Av. Desp. Napoleão Duré, Cristo Redentor

Essa via liga a Ranieri Mazzili ao Almeidão, simples. Só por isso deveria ser mão única há tempos.

aérea napoleão duré 1
A Napoleão Duré liga a Ranieri Mazzili ao Almeidão. E é mão dupla…

E tinha toda a chance de ser. Durante as obras do Viaduto Sonrisal, ops, Cristo Redentor, lá pelos anos 2000, sua via paralela, a Danilo da Penha Paiva, foi asfaltada. Porém só parte dela é binária; a partir da Antônia Gomes da Silveira, as duas ruas voltam a ser mão dupla.

Porém, é muito fácil fazer a implantação da mão única na via sem gastar nada ou muito pouco com isso. Uma boa parcela dos motoristas que lá trafega já utiliza essa paralela no sentido bairro, acreditando que ela é mesmo mão única em toda sua extensão asfaltada. Prova disso é o mapa de trânsito do Google Maps, que só mostra a Napoleão Duré em mão dupla em apenas parte dela. E geralmente essas linhas são feitas por GPS de automóveis.

Mapa de trânsito do Google Maps mostrando as vias entre a Ranieri Mazzili e o Almeidão. Perceba que há uma linha na via paralela da Napoleão Duré. Educar os motoristas aqui não é problema, eles já fazem essa mão única informalmente.
Mapa de trânsito do Google Maps mostrando as vias entre a Ranieri Mazzili e o Almeidão. Perceba que há uma linha na via paralela da Napoleão Duré. Educar os motoristas aqui não é problema, eles já fazem essa mão única informalmente.

Como você pode ver acima, a Danilo da Penha Paiva termina na Luíza Fernandes Vieira, que sim, é asfaltada dessa esquina até o cruzamento com a Napoleão Duré, tendo o desenho e dando a entender que sim, a via seria binária. Logo, o que faltaria para resolver isso?

Final da Napoleão Duré, no Cristo Redentor. O terreno abaixo já é o entorno do Almeidão. Perceba que nos últimos metros da rua são mais largos, sendo metade asfaltada. Aqui poderia ser a continuidade do binário.
Final da Napoleão Duré, no Cristo Redentor. O terreno abaixo já é o entorno do Almeidão. Perceba que nos últimos metros da rua são mais largos, sendo metade asfaltada. Aqui poderia ser a continuidade do binário.

Ora essa! Tem um braço de rua perdido justamente entre a Luíza e o final da via, no Almeidão. É só asfaltar. O detalhe é que tiveram uma chance de ouro para fazer isso, mas…

O mais incrível ainda vem por aí. A paralela correspondente da Napoleão Duré quando esta corta a Ranieri Mazzili passa a ter outro nome, já que o cruzamento é irregular; passa a se chamar Josery Serrano de Assis. Que assim como o outro exemplo citado, não é binário – só o é circundando esse galpão que todo mundo aluga e ninguém aproveita – e depois disso, não é mais.

A Ranieri Mazzili corta a Danilo da Penha Paiva, mas abrevia a Napoleão Duré. Porém a continuidade imediata, a Josery Serrano de Assis, cumpre a função desta. Detalhe para a parte da Danilo da Penha Paiva que não possui calçamento algum.
A Ranieri Mazzili corta a Danilo da Penha Paiva, mas abrevia a Napoleão Duré. Porém a continuidade imediata, a Josery Serrano de Assis, cumpre a função desta. Detalhe para a parte da Danilo da Penha Paiva que não possui calçamento algum.

Pior; a Danilo da Penha Paiva depois do galpão até a Leonel Pinto de Abreu – seguimento da São Judas Tadeu bem como parte do corredor mais adiante – simplesmente é barro puro. Uma rua que poderia ser aproveitada como binário simplesmente está assim, jogada na lama quando não na poeira.

2-Av. São Judas Tadeu, Rangel

De fato, ela é um escape do corredor da 2 de Fevereiro, até mesmo para linhas de ônibus. Só as autoridades que parece que não sabem disso.

Avenida São Judas Tadeu, no Rangel. É uma avenida muito estreita para ser mão dupla, mas tem três linhas de ônibus passando nela.
Avenida São Judas Tadeu, no Rangel. É uma avenida muito estreita para ser mão dupla, mas tem três linhas de ônibus passando nela, além de um tráfego considerável.

A via é aproveitada como subartéria do bairro desde os anos 1970 e poderia ter sido a principal se o Mercado Público não fosse construído na 2 de Fevereiro. O asfalto que lá está é dos anos 1980. Isso mesmo; em quase 30 anos, a São Judas Tadeu nunca foi recapeada. E isso porque passam três linhas de ônibus ali.

A São Judas Tadeu fica também próxima do Mercado Público do Rangel, e serve como "escape" da 2 de Fevereiro. Pode servir mais ainda binarizada.
A São Judas Tadeu fica também próxima do Mercado Público do Rangel, e serve como “escape” da 2 de Fevereiro. Pode servir mais ainda binarizada.

Durante 30 anos, a São Judas Tadeu recebeu só tapa buracos, a via consegue ganhar da Rafael Mororó em termos de remendos. Até 2011, só passava a linha 201-Ceasa lá; posteriormente foram incluídas as do Colinas do Sul. O aumento do serviço de transporte não veio junto com a melhoria da infraestrutura da rua. E é aquela mesma que o blog mostrou há quatro anos atrás, com fotos (confira algumas delas na galeria abaixo) o problema das paradas de ônibus que não tinham nem placa, problema esse já resolvido; na maioria das paradas mostradas, a Prefeitura implantou abrigos.

Só que a São Judas Tadeu ficou saturada. Usada realmente como um corredor de fato, precisa ser binarizada para ontem. E é possível; várias ruas paralelas da São Judas possuem o mesmo tamanho em metros e podem absorver uma mão da mesma.

Binarizar a São Judas Tadeu ajuda na segurança dos motoristas e pedestres. Afinal, não cabe na minha cabeça que uma rua daquele tamanho se mantenha em mão dupla.

O Blog Josivandro Avelar segue mostrando problemas e soluções para o bairro onde este editor mora há 28 anos. Na certeza de que a comunidade não vai ser enrolada mais uma vez como já é há anos.


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