Nunca é demais lembrar: os quatro lugares dos ônibus atrás do motorista são reservados para os idosos, de acordo com o Estatuto do Idoso. Mas, como você já deve saber e ver, muita gente que não é idosa desrespeita o adesivo de assento preferencial colado em cima das cadeiras. E daí, se os ônibus lotam, muitos idosos têm dificuldade de se acomodar nos assentos a ele destinados e acabam viajando em pé. E muita gente que ocupa os assentos preferenciais pedem para quem não está num assento preferencial para se levantarem para permitir que um idoso ocupe o lugar.
Numa dessas ocasiões peguei um ônibus lotado, isso foi ontem. Estavam nos assentos preferenciais três mulheres (abaixo de 65 anos) e duas crianças. Dois idosos embarcaram no ônibus, e um deles reivindicou o lugar que era dele por direito, mas para o outro que havia embarcado junto com ele. Deu uma incrível demonstração de civilidade muitas vezes ausente na maioria dos cidadãos, ou seja, reivindicou seu direito de cidadão, e não pensou só nele, pensou em seu semelhante.
Se cada cidadão tivesse a mesma demonstração que o cidadão que citei acima, certamente poderíamos esperar uma sociedade onde todos respeitam a seu próximo e suas leis. Mas infelizmente não é isso que se vê hoje em dia. Ou melhor, raramente, pois ainda bem que existem cidadãos conscientes de seus direitos.