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A feira, deixando de ser a feira

A feira que eu conheci desde que eu nasci começa a virar uma lembrança.
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A gente quando não acredita no que vê, demora para ver que a ficha cai. É isso que eu pude ver na noite de hoje no que aos poucos começou a deixar de ser a Feira do Rangel que eu conheci desde que eu nasci, até porque desde que eu nasci, a feira já era daquele jeito. Desde antes de eu nascer, para ser mais preciso.

E se querem saber quantos anos eu tenho, porque muitos acreditam que eu seja jovem de idade, eu tenho 35 anos. Tô mais perto dos 40 anos e mais longe dos tempos que eu era jovem na certidão de nascimento, mas é aquilo: não é a idade que determina se somos velhos. Tem feirante que me conhece desde essa época. Mas eu vim falar da minha idade ou da feira?

Vamos ao capítulo de hoje depois dos momentos de tensão de ontem, e mais uma vez, relatos do que eu vi e das poucas coisas que estou recebendo de informação. Para começo de conversa, a energia dos pontos foi religada, mas não sem antes a Prefeitura de João Pessoa dar um prazo de 48 horas contadas desde a manhã de hoje para desocuparem o local. E desde então a movimentação para desocupar o local começou.

Os feirantes já começaram a ocupar as 14 tendas, que viraram 15, porque um deles armou uma nova tenda para abrigar o seu box com prateleiras de frutas e verduras, no meio da rua mesmo. E aos poucos as tendas armadas em janeiro vão sendo ocupadas. Era disso também que os feirantes se queixavam, afinal, só ver o estado da 14 de Julho, onde elas foram armadas. O pavimento não é lá essas coisas.

Teve outros boxes que se mudaram para pontos alugados nos arredores. É mercadoria para todos os lados, mudança para onde quer que se veja. pontos montados em poucas horas para que quem trabalhava lá na feira não pare. O prazo de desocupação termina amanhã, e depois, é se preparar para ver aquilo que a gente jamais imaginou que veria: a feira como ela era ser demolida.

A ver como as coisas vão ser nos próximos dias. No decorrer do tempo, sigo relatando com o olhar de quem reside aqui desde que nasceu, há 35 anos, livre de qualquer interferência de fora. Tomem-me como referência para contar a história como ela precisa ser contada, afinal, a história está acontecendo e sendo documentada.


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