No último domingo, 1º de agosto, recebi a primeira dose da vacina contra a COVID-19, em um posto montado no bairro de Mangabeira. Entrei, finalmente, para o bonde dos quase 100 milhões de vacinados com a primeira dose no Brasil. Era um dos momentos que eu mais esperava, e não é para menos. É sentir que a batalha é dura, mas estamos passando por ela com uma força que a gente nem sabe de onde vem.
Para quem não sabe, tenho 32 anos de idade. Em João Pessoa, a vacinação naquele dia 1º estava aberta para quem tinha 28 anos ou mais sem comorbidades, mas eu só tinha me vacinado nesse dia porque perdi o primeiro dia de agendamento – só vacina por aqui quem agenda sua presença -, quando abriu para acima de 31 anos. Na segunda tentativa eu consegui.
Geralmente por conta da quantidade limitada de vacinas, abre-se a primeira dose num dia só, e nos demais é usada a reserva de estoque para a segunda dose, que é o que é realmente efetivo para uma imunização completa – a menos que você tome a vacina da Janssen, que é de uma dose só – mas eu tomei de duas, e foi a Coronavac.
O intervalo entre as duas doses da Coronavac (Sinovac/Instituto Butantan) é de 28 dias no mínimo. Logo, eu vou tomar a segunda dose no final do mês.
Só desse jeito é que a gente está conseguindo vencer a pandemia, embora saiba que o caminho não tem sido fácil, e do quanto foi marcante passar por tudo isso, por descobertas e redescobertas, mudar o seu modo de trabalhar e transformar para sempre o seu modo de fazer o que você costuma fazer. Nada mais será como antes.
Viva a ciência!
Cheguei até aqui na certeza de que fiz tudo o que foi possível para evitar ficar doente de uma maneira séria. Não só eu, a família toda. Como eu sou o mais novo de uma casa de quatro, todos estão vacinados com a primeira dose – minha mãe com as duas. Mas ainda precisamos nos cuidar, lógico.
Esse é um momento que dedico também a aqueles que se foram por causa da COVID-19. Que grande parte dos que se foram ainda poderiam estar aqui. Aos que ficam neste planeta, aproveite as segundas, terceiras, tantas chances que a vida te dá.
E viva a ciência! E a possibilidade de estarmos prontos para o novo. Que cabe a nós mesmos construirmos. Porque não podemos desperdiçar as chances que a vida nos dá.
32 anos de idade, vacinado com a primeira dose, aqui tô eu no bonde dos vacinados, com fé em Deus, fé na vida e na ciência.