As coisas continuam acontecendo no mundo e o #TrendTalks segue acompanhando, afinal, entre jogos e batalhas, há um mundo em movimento, um mundo que as próximas gerações vão entender nos livros de história igual eu entendi a história de anos atrás pelos livros que eu li e que me inspiraram a registrar a história de alguma forma, através da comunicação.
A Copa de Clubes começou de um lado, mísseis e bombas explodem do outro. Entre jogos e batalhas, o #TrendTalks repercute os assuntos da semana, com base nos dados do Google Trends dessas últimas horas, mesmo sabendo que muita coisa está acontecendo no instante em que eu escrevo este post, afinal, o mundo não para.
Hora de conferir o #TrendTalks de hoje! Deu um trabalho para fazer, mas eu consegui.
Jamais subestime a América (do Sul)
O Mundial de Clubes, ou melhor, a Copa do Mundo de Clubes (nome oficial) começou com vários jogos até então considerados inimagináveis. O formato é o mesmo da Copa do Mundo que todo mundo conhece, só que diferente da Copa do Mundo que todo mundo conhece, que consiste em grupos de 32 seleções (a partir da Copa do ano que vem serão 48), se enfrentam 32 clubes de todos os continentes.
O torneio começou no sábado, em um 0 X 0 do Inter Miami X Al Ahly. Gol mesmo, saiu no dia seguinte, quando o Bayern de Munique aplicou nada menos que 10 a 0 no Auckland City. Também foi no dia seguinte que os brasileiros estrearam, com empate em 0 a 0 do Palmeiras contra o Porto, e vitória do Botafogo por 2 a 1 no Seattle Sounders.
Os outros dois brasileiros estrearam ontem e hoje: o Flamengo venceu o Espérance por 2 a 0 e o Fluminense empatou com o Borussia Dortmund por 0 a 0. Sim, os brasileiros empataram com os europeus, mostrando que dá para enfrentar adversários considerados superiores de igual para igual.
E como dito, jamais subestime a América (do Sul). Além dos quatro brasileiros, que se qualificaram para a Copa do Mundo como campeões da Libertadores, os outros dois representantes do continente são os argentinos Boca Juniors e River Plate, que entraram via ranking. O Boca Juniors estreou com empate de 2 a 2 contra o Benfica, e o River Plate venceu o Urawa Red Diamonds por 3 a 1.
Os sul-americanos passaram invictos pela primeira rodada.
Destaques aleatórios da Copa de Clubes
- Lucas Ribeiro, conhece? É o camisa 10 do Mamelodi Sundowns, time sul-africano que está na Copa de Clubes.
- Bellingham estreou no Borussia Dortmund contra o Fluminense! Mas não, não é o Jude. É o irmão dele, Jobe. Jude em campo mesmo, só amanhã no Real Madrid contra o Al Hilal.
- Se você procurar por Monterrey, talvez vá achar a cidade, um grupo musical, outras coisas… Procure o Club de Fútbol Monterrey ou Los Rayados, que fica mais fácil. Jogam hoje contra o Inter de Milão.
Você sabe o que aconteceu no Rose Bowl?
Dá só uma olhada no gráfico sobre o termo “Rose Bowl Stadium”. O jogo entre Monterrey e Inter de Milão, que acontece no momento em que eu escrevo este post, acontece lá. O estádio, que fica em Pasadena (mas representa Los Angeles porque está no condado de mesmo nome), na Califórnia, ainda vai sediar mais partidas da Copa do Mundo de Clubes. Mas você, com mais de 30 anos como eu, sabe o que aconteceu lá?
Eu sei. E eu tinha de cinco para seis anos quando assisti na televisão o que aconteceu lá.
Rose Bowl foi o estádio onde aconteceu a final da Copa do Mundo de 1994, e como vocês já devem saber, foi entre Brasil X Itália. O Brasil venceu a Itália nos pênaltis e conquistou o tetracampeonato mundial, um título cheio de emoção e lembranças até hoje visto que na época a Seleção Brasileira não conquistava uma Copa do Mundo há 24 anos (contando a partir de 1970, ano do tricampeonato).
Pois bem, a próxima Copa do Mundo vai ser nos Estados Unidos (compartilhando com México e Canadá, mas com a maioria das partidas acontecendo nos Estados Unidos). E sabe há quanto tempo o Brasil não conquista uma Copa do Mundo? 23 anos. Ano que vem serão 24, o mesmo intervalo de tempo em que o Brasil ficou sem conquistar um mundial até o tetra nos Estados Unidos.
Rose Bowl não será sede na Copa do Mundo de 2026; a cidade de Los Angeles vai sediar partidas no SoFi Stadium. A final vai ser no MetLife Stadium, em Nova Jersey (o estádio fica em Nova Jersey, mas a sede também conta como Nova York; times de futebol americano do estado jogam lá).
O chão se abre sob os seus pés e…
Na TV Record existe um programa chamado “Acerte ou Caia!” que consiste num jogo de perguntas e respostas onde a eliminação consiste no participante caindo em um buraco que se abre sob seus pés.
Em cada gravação, são dez participantes, geralmente famosos e influenciadores digitais. E em uma dessas, o chão se abriu sob os pés do humorista Bolachinha, que se lesionou na queda. O humorista foi socorrido e passa bem.
Mísseis e tensão no ar
O mundo acompanha com tensão o desenrolar do conflito Irã X Israel. Desde a noite da última quinta-feira (no Horário de Brasília), Israel lança mísseis contra o Irã, que devolve na mesma proporção.
Para entender o que acontece de uma forma mais resumida, e olha que é uma história que é bem complexa: os dois países são inimigos desde o final da década de 1970, mas antes, é preciso entender como é que começa o conflito árabe-isralense. O estado moderno de Israel foi criado em 1948, no contexto do movimento sionista, quando grupos de judeus vindos de vários lugares, principalmente da Europa, emigraram ao longo dos anos para uma terra entre o Mediterrâneo e o Rio Jordão e lá se estabeleceram. Era a Terra Prometida segundo a Torá (o livro sagrado do judaísmo, os cinco primeiros livros do Antigo Testamento da Bíblia).
Acontece que lá já morava uma população de maioria muçulmana, e aqui os conflitos começam, visto que eles se sentiam expulsos de suas terras por quem consideravam estranhos a ela. Após a ONU estabelecer um plano de partilha do terrítório, então Mandato Britânico da Palestina, entre árabes e judeus, o Estado de Israel é estabelecido em 1948, gerando reação imediata dos vizinhos árabes em solidariedade a população árabe que vivia lá e hoje ou está refugiada, ou está nos territórios a eles destinados, a Cisjordânia e a Faixa de Gaza.
O Irã chegou a reconhecer Israel lá atrás quando ainda era uma monarquia, só que em 1979 estourou uma revolução que depôs o Xá (rei) Reza Pahlevi e estabeleceu uma república islâmica teocrática, ou seja, baseada na religião, que no Irã é de maioria muçulmana xiita. Nascia a República Islâmica do Irã. Apesar de ter um presidente e um parlamento eleitos, quem manda na prática no país é um aiatolá: Khomeini de 1979 a 1989; Khamenei de 1989 até hoje. É o aiatolá que praticamente escolhe quem vai concorrer a presidência e determina as regras morais do país com base na lei islâmica.
Lembra que o Irã tinha reconhecido Israel lá atrás? Pois bem, com o país sendo comandado por religiosos xiitas, eles declararam Israel como inimigo e não só, que o país deveria deixar de existir. É nessa que o Irã financia milícias consideradas terroristas nos países vizinhos (Hezbollah no Líbano, Houthis no Iêmen, bem como no Iraque) e dentro dos territórios palestinos (Hamas). O Hamas invadiu o território isralense e promoveu assassinatos em massa em 7 de outubro de 2023, gerando uma guerra que dura até hoje e tem como palco a Faixa de Gaza, território que o Hamas controla, gerando uma grande mortalidade de civis.
Troca de mísseis
Sob a premissa de destruir as instalações nucleares do Irã – que poderia estar querendo construir uma bomba atômica – e desmantelar a rede de apoio a essas milícias acima citadas, Israel iniciou uma série de bombardeios contra o território iraniano, com foco nas instalações militares do país e da capital, Teerã. Vários comandantes militares do Irã foram eliminados nos ataques. Nem a TV estatal iraniana escapou.
O Irã não deixou barato e devolveu com mais bombas e mísseis. O foco deles é a cidade de Tel Aviv. Vários pontos da cidade e de outras vizinhas foram alvos dos mísseis iranianos, furando o domo de ferro israelense, que pode até servir muito bem para os foguetes lançados pelas milícias, mas não muito bem para os mísseis lançados pelo Irã.
A capital de Israel na prática é Jerusalém, mas o reconhecimento internacional é limitado devido ao fato que os palestinos querem que a cidade seja a capital de seu estado, mais precisamente Jerusalém Oriental, enquanto para Israel, de acordo com a Lei Básica de Jerusalém, todo o território da cidade é sua capital. Na partilha da ONU, ela seria uma “cidade internacional”, sem estar em um ou outro estado. Por causa desse impasse, várias embaixadas internacionais ficam em Tel Aviv, mas há países que mantém embaixadas em Jerusalém.
E aí, você ganhou?
O concurso 2877 da Mega-Sena sorteou as seguintes dezenas:
03-05-15-37-54-57
164 apostas acertaram a quina (cinco números) e cada um vai receber R$ 36.891,33. 9.724 acertaram quatro números e cada um vai receber R$ 891,01.
Ninguém acertou as seis dezenas, e por isso, o prêmio acumulou para R$ 130 milhões para o concurso deste sábado.
Cinco notícias aleatórias para terminar o dia
- Prefeitos brasileiros que estavam em Israel e se viram no meio do fogo cruzado estão fazendo o caminho de volta para o Brasil. Um deles é o prefeito da cidade de João Pessoa, onde este que vos escreve mora: Cícero Lucena.
- Alexandre de Moraes exige que Google forneça informações sobre quem publicou a “minuta do golpe” na Internet. Foi no Drive?
- MEC publica edital do Concurso Nacional Unificado para professores;
- Para quem não lembra qual era a novela que passava em 1994, o vilão Alexandre morreu hoje. Mas vai pegar no pé de vários personagens de “A Viagem”;
- Façam suas apostas para a Quina de São João: sorteio é no dia 28 e se uma pessoa acertar, leva somente R$ 280 milhões; tal qual a Mega da Virada, o prêmio não acumula.
Este foi o #TrendTalks, o seu jornal semanal do site, para discutir o que foi tendência ao longo da semana, para discutir o que tá todo mundo discutindo e eu não posso ficar de fora. Aos poucos o novo tema do site vai tomando forma e ganhando estrutura, com pitadas de aula de história, que é o básico da informação.
Terça-feira que vem é dia de São João, mas estarei aqui, publicando mais uma #TrendTalks com os assuntos dessa semana junina, afinal, enquanto a gente comemora, o mundo lá fora não para e a gente não imagina o que vai acontecer até lá, mas estará registrando tudo por aqui. E segue o curso da história.
