Três anos depois, o que você faz à meia-noite?

A meia-noite era o horário que eu encerrava o meu expediente de trabalho. Isso eu falei naquele post de três anos atrás, ao qual esta pergunta se refere. O que eu faço de meia-noite vai além dos destaques da meia-noite. É sobre entender o que vai acontecer no dia que começa exatamente de meia-noite. Se antes era o momento de terminar o dia, hoje é o dia de começar. Praticamente. Mas como explicar o tanto de coisas que mudaram em três anos?

Aquele foi um momento em que eu apresentei o meu trabalho noturno para as pessoas que chegavam no site. Era aquele momento de pandemia, que de certo modo marcou a intensificação do trabalho que eu já fazia, e que se não fosse o que eu estou fazendo agora, eu não saberia o que fazer, nem saberia como as coisas seriam. Talvez hoje eu possa dizer que aos poucos estou encontrando esse rumo. E até pensei que as coisas poderiam ser melhores hoje em dia.

Mas a gente entende que nunca pode ser tarde. Porque a gente precisa, de certo modo, recalcular a rota quando a gente comete algum erro que não estava previsto, mas será que é possível prever os erros que a gente comete? Sei lá, isso faz parte. Mas a gente tem que ter a consciência de que precisa, de certo modo, errar menos, planejar o quanto for necessário, entender o que você faz e muitas vezes mudar, quando for necessário mudar. Mas é claro, sem mudar a sua essência, o que você é.

É, de certo modo, entender o que é que você faz, e eu de certo modo falei isso no post de 2021, quando fiz um trocadilho com o slogan do podcast Luneta Sonora, sobre o conceito de fazer tudo e nada ao mesmo tempo. Eu deveria encerrar o expediente à essa hora. Mas no momento em que eu escrevo este post, é exatamente meia-noite. Eu deveria estar terminando o meu expediente. Mas pelo contrário, eu estou praticamente começando, porque eu ainda tenho trabalhos para fazer. Bem que poderia ter feito antes.

Três anos depois, o que você faz à meia-noite? Queria ter feito na meia-noite de hoje o que eu fazia na meia-noite de novembro de 2021: encerrar o expediente. Mas aí eu lembro que aquele dia era bem antes do atual modelo de agenda que eu adoto até hoje para lembrar as pessoas, diariamente, que eu estou aqui, produzindo, e tentando de certo modo construir oportunidades enquanto elas não aparecem para mim. Eu sei que as coisas poderiam ser diferentes.

Mas eu tenho certeza de que tudo vai ser diferente daqui a algum tempo, e não se pode perder a fé na vida e no futuro que pode ser promissor para você. Porque não se faz absolutamente nada parado. Enquanto isso, eu estou aqui, editando o site, atualizando as redes sociais, gravando podcasts, produzindo artes e vídeos, enfim, construindo experiências que eu sei que vão ser essenciais lá na frente. Porque quando você tem o que mostrar, tem história para contar, e quando tem história para contar, você percebe que o que você faz à meia-noite valeu a pena.