A maioria das minhas crônicas começa em um bloco de notas. E começa antes de realmente começar, feita das coisas que a gente quer anotar. Ela começa com um parágrafo, e termina, bem, com você lendo esta crônica.
Aquele parágrafo esquecido faz parte das coisas que você quer anotar e transformar em uma ideia completa, que você começa do nada, sem saber como começou, mas querendo terminar. E desse jeito, quer desenvolver.
E quando quer anotar, não tem obstáculo que te impeça: anota em qualquer lugar, que não precisa necessariamente ser o seu computador de trabalho. Pode ser no celular, no tablet, no papel, onde quer que for, você anota qualquer coisa, transforma aquilo numa ideia.
Afinal, você transforma um emaranhado de ideias em um texto, um emaranhado de cores em arte, um monte de coisas em coisas que tem forma, mesmo que não pareçam ter forma.
E tudo isso faz parte das coisas que a gente quer anotar. Porque sem o que está anotado, mesmo que não esteja escrito, nada sai do campo das ideias. O papel – ou um aplicativo de notas – é apenas um estágio intermediário.
Para que as ideias que você anotou se tornem realidade fora do papel.