O Rio de Janeiro confirmou o seu favoritismo e vai ser sede das Olimpíadas de 2016. Assim, o Brasil conseguiu trazer para seu território o maior evento esportivo do planeta. Vale lembrar que o Brasil sediará a Copa de 2014. Com isso, nos próximos anos, os olhos do mundo estarão voltados para o Brasil.
Nunca o continente sul-americano havia sediado uma Olimpíada. Como bem disse o Presidente Lula, para os outros concorrentes (Chicago, Madri e Tóquio), a olimpíada de 2016 será só mais uma olimpíada. Para o Brasil, seria uma grande oportunidade. O Rio venceu por 66 a 32 (votos dos membros do Comitê Olímpico Internacional) a cidade de Madri. Chicago, apontada como rival direta a candidatura do Rio, foi eliminada logo na primeira das três votações.
Depois da euforia da comemoração de ver o sonho olímpico se tornar realidade, agora o fundamental é acordar do sonho e pensar no trabalho. Muita gente evidentemente torce o nariz para esse evento alegando que há outras prioridades a serem feitas. Porém olham apenas para o lado superficial de um evento desse porte: para que tudo esteja como o COI quer, é necessário muito trabalho. Eventos como esse necessitam de obras; obras geram empregos; empregos pagam salários; salários compram mercadorias e serviços. Assim gira a roda da economia.
Essas obras não são só de estádios e arenas; é necessário ter toda uma infraestrutura viária e de transportes para a cidade, que viabilizam a logística dos jogos, e o fácil acesso dos cidadãos e atletas a esses locais, que por fim refletem em melhorias no trânsito das cidades. E isso não vale só para o Rio de Janeiro, vale também para as sedes e subsedes da Copa de 2014. Há toda uma transformação envolvida, que nem sempre aparece nas transmissões esportivas. Mas os habitantes sentem. Sabe-se que muitos cobram que os Jogos tragam um legado para o futuro. Mas para isso é necessário planejamento e muito trabalho. E um pouco de paciência, claro.
Agora, com os dois maiores eventos esportivos do mundo e todas as atenções voltadas, é hora de trabalhar e fiscalizar como os recursos serão aplicados. A maior certeza de todas agora é que o Brasil será outro país na próxima década. Fica aqui o maior dos aprendizados: que o pessimismo nunca ganhou uma batalha.