Hoje vamos relembrar uma linha antiga com direito a registro do blog. Isso mesmo que você leu: a linha teve o início de sua operação registrado no blog no tempo que o amadorismo imperava por aqui – dá para se ver no desenho, que foi usado no post que anunciou a mudança porque este editor não tinha algo trivial nos dias de hoje: celular com câmera. Trata-se da 507B-Cabo Branco/Boko Moko, mais uma “filha” da linha 507.
A linha foi registrada pela primeira vez em 16 de fevereiro de 2009 com direito a dois erros do editor sem saber direito que nome estranho era aquele. Demorou para eu saber que era Boko Moko, e não Boko Loko e Moko Loko, definições feitas por este editor no post e no comentário na tentativa infrutífera de corrigir.
Até falando nisso, é o momento de responder uma pergunta que há 13 anos esperava uma resposta no blog. O publicitário de 2022 vai responder ao estudante do Ensino Médio de 2009 onde é que fica(va) esse Boko Moko.
Finalmente, onde é que fica esse Boko Moko?
Em 2009, o Josivandro Avelar do passado, iniciante e ainda estudante do Ensino Médio, perguntou naquele post:
Alguém aí sabe que nome é esse? Você conhece algum lugar no bairro do Cabo Branco com esse nome?
E 13 anos depois, em 2022, o Josivandro Avelar do presente responde: é como é conhecido até hoje o local onde está o Edifício Borborema. Tudo culpa de uma lanchonete que funcionava no local que levava esse nome na década de 1970, quando estava na moda, afinal, uma campanha do Guaraná Antarctica ajudou a popularizar o termo.
A esquina da Cabo Branco com a Monsenhor Odilon Coutinho era onde os ônibus das linhas 508 e 520 entravam para subir para o Altiplano, na época em que a via era mão dupla. Itinerário hoje inviável, já que a referida via é mão única no sentido Centro-Praia e bem, hoje as duas linhas fazem uma verdadeira volta saindo do Cabo Branco para o Altiplano. Apesar da referência, o 507 não usava nem essa via, nem esse desvio. Ou seja, o antigo “Boko Moko”, mesmo extinto há anos, era um ponto de referência.
E onde o 507 entra?
Pois bem, o código 507B era a definição da linha do Cabo Branco que encerrava as viagens no próprio bairro, e não no topo da falésia – na época, o 507 fazia ponto final na Estação Ciência, o que hoje não é mais possível por conta das restrições de tráfego afim de preservar justamente a própria falésia.
Na ocasião, começava a valer a divisão propriamente dita da linha entre os ônibus que iam para a Estação Ciência e os ônibus que só rodavam o bairro. Mas ninguém percebeu nada. Até chegou a rodar um ônibus com o letreiro, mas o 507B era identificado apenas pela ausência da placa com o nome “Estação Ciência”. Se não tivesse placa, não ia para lá. De resto, era o 507.
Quase ninguém notou essa variação por conta disso, e olha que ela ainda durou na teoria. Durou até justamente o fechamento do tráfego da Estação Ciência. A partir do momento em que os ônibus não poderiam subir até lá, qualquer variação deixaria de fazer sentido. E hoje, bem, a 507B é a 507 de hoje.
A linha 507 é a maior de João Pessoa em viagens e número de veículos; aproximadamente 14, com 141 viagens nos dias úteis, 91 aos sábados e 65 aos domingos. O atual terminal é na via paralela à praia do Cabo Branco, mais precisamente por trás da Fundação Casa de José Américo.
Sobre a arte deste post
Mas e essa arte de cima? Então, o que eu fiz: em homenagem ao post de 2009, a arte de chamada que você vê em cima do post usa o desenho utilizado na época. Não estranhem. Isso é de uma época em que usar o Paint e conseguir um desenho desses era uma proeza. Hoje tem as telas touch e altas possibilidades de desenho. E tô aproveitando o máximo possível. Mas esperem só até a mesa digitalizadora chegar…