Sabe quando a gente se sente sozinho e quer andar por aí sem rumo? Esse sou eu. Se eu não estou aqui no quarto – a “redação” do blog, onde escrevo este texto neste momento – estou andando sem rumo, mas com rumo certo, vendo a trajetória da vida.
E graças a essas viagens solitárias pelo bairro, conheço-o com a palma das minhas mãos. Algumas vezes as voltas se estendem na cidade. Ando sozinho mesmo. As pessoas para mim são meras figurantes levando as suas vidas normais enquanto eu apenas observo o movimento.
Afinal, movimento precisa de pessoas. E como mudamos o nosso jeito de nos movimentar! Para mim, seguir o mesmo caminho lógico sempre vai ser chato – e quando eu acho algo chato, acho mesmo e fico com o pé atrás. E assim vivo mudando.
Desse jeito, eu sempre vou contra a dinâmica normal das voltas. Dou as minhas por aí mesmo. Costuro os quarteirões. Observo o que mudou ao meu redor. Sem isso, como poderia contar história e dizer do que eu me lembro?
Quando eu estou só, não me restrinjo as quatro paredes da minha casa. Um mundo que muda a cada instante, mesmo que não pareça que mude, me espera lá fora.
E assim a vida segue a sua trajetória. Cada um segue a sua. Eu sigo a minha. E nós vivemos a vida.
Inspirado no desafio Bloganuary do WordPress.com
O tema do vigésimo sétimo dia é “Onde você vai quando precisa de solidão?” Eu não vou. Eu já estou no meu destino quando eu ando.