Período divertido de visitas na minha rua

Ah, aquele período divertido que tem gente que lembra que a minha rua existe… Pois pode crer, tá acontecendo e desde bem antes desse período divertido começar. Aliás, a história da pavimentação da rua passa por um desses momentos, em que teve até disputa de paternidade entre vereadores que diziam que foram eles que solicitaram a pavimentação da rua. Essa é uma coisa que, para quem não sabe, qualquer cidadão pode fazer, não necessariamente passando por um vereador, a quem cabe fiscalizar a gestão municipal. Se a rua onde eu moro está calçada hoje, todos nós que aqui moramos nos sentimos um pouco pais e mães dessa conquista.

Mas todos os períodos de eleição municipal sempre foram assim, aliás, teve momentos em que mal teve uma ou outra caminhada. Só meio que lembraram da rua quando ela foi pavimentada mesmo, até mesmo os carros de som começaram a passar aqui depois que essa fase do calçamento começou. Antes, nem isso. Nem lembro das promessas feitas antes da década de 1990, que eu aposto que devem ter sido muitas, mas depois que a rua foi pavimentada, aí sim rolou de tudo, até mesmo uma guerra de carros de som de dois candidatos a vereador disputando a “paternidade” pela pavimentação da rua. Uma das cenas mais épicas que eu já vi na minha vida, e isso quando eu tinha 12 anos.

Nesse ano, o período divertido ficou mais intenso. Aliás, fica mais intenso a cada período mesmo, mas esse ano, meus amigos, esse ano, tá rolando de tudo, e isso porque nem começou direito a campanha, aliás, hoje, sexta-feira, é que começa realmente a campanha eleitoral nas mídias rádio e televisão. E eu até já contei sobre isso na semana passada, no #MinhaCidade. Teve gente que eu nunca vi na minha vida filmando a rua procurando buracos, teve drone filmando a feira próxima procurando saber se a obra está acontecendo, câmeras por todos os cantos gravando para o horário eleitoral, todos os candidatos possíveis e imagináveis passaram por aqui próximo, é o que eu digo: tem gente que acha a gente por GPS.

Mas eu sei onde eu moro, eu sei o que fizeram aqui na rua, nos arredores, no bairro como um todo, e principalmente, eu sei o que não fizeram. Sei que vieram pessoas que não fizeram nada em anos anteriores prometendo aquilo que tiveram a oportunidade de fazer e não fizeram. E isso é uma coisa que eu guardo porque eu tenho uma memória de longo prazo, como eu acredito que a maioria das pessoas também tenham, e como eu disse ontem no #MinhaCidade, quem trabalha com marketing político parece não confiar na memória de longo prazo dos eleitores e tentam se apresentar como soluções quando um dia já foram parte dos problemas.

Estamos todos espertos, ainda mais porque os meus vizinhos são a segunda, terceira geração daqueles que construíram essa rua, e uma parte daqueles que construíram essa rua ainda mora nela. Ao mesmo tempo que a gente sabe que ainda temos mais um mês de um período divertido, onde a gente pode até passar uma raiva ou outra, mas que geralmente, é entretenimento puro. Vamos ver agora, com a fase da campanha na rádio e na televisão, que é quando realmente as pessoas vão começar a se dar conta da campanha eleitoral, coisa que até aqui andava tímida como sempre anda nessa primeira fase. Afinal, é agora que o período divertido vai começar.

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