O serviço de sites é para poucos

Eu ainda uso uma tabela de preços para sites. Mas eu resolvi não oferecer mais o serviço para todo mundo. Na prática, quando eu digo que eu suspendi o serviço de sites, digo que eu não estou oferecendo mais o serviço para novos clientes, e sim, por ora, para a manutenção e eventual montagem de sites para clientes de extrema confiança. Mas porque eu fiz isso em um serviço que em tese deveria ser lucrativo? Isso passa por vender um projeto para quem entende melhor o que eu estou fazendo e que precisa ser mantido de forma consistente, não é uma relação que se encerra quando o site é entregue, porque você precisa manter o site no ar, fazer manutenção, e o mais importante: renovar a hospedagem, o que é responsabilidade do cliente.

Essa restrição que eu impus na venda dos sites e sua consequente exclusividade para os clientes de extrema confiança faz parte da reformulação dos meus projetos de venda, é verdade, mas também um recado de que o que é necessário para se fazer um site precisa ser pago. Mesmo o meu próprio site tem as suas despesas. Não é como uma rede social que você simplesmente cria uma conta e pronto, seu projeto tá no ar. Alguns entenderam direito e confiam em mim para manter os sites, não para menos eu continuo fazendo a manutenção destes, desde lógico, que mantenham os pagamentos em dia, e não apenas para mim, mas também para os serviços de hospedagem.

O que eu faço é apenas montar as plataformas dos sites. A hospedagem até pode ser sugerida por mim, mas quem tem que pagar e entrar em contato com o suporte é o cliente, não para menos um desses clientes de extrema confiança já tinha uma hospedagem contratada quando me encarregou de montar dois sites para ele. Ele paga a hospedagem direitinho e entra em contato com o suporte quando alguma coisa acontece. Eu cuido da construção das plataformas, ou seja, de dar forma a um WordPress e transformar essa plataforma no site dos sonhos de quem contratou. Só isso. Se algumas coisas de hospedagem fossem fáceis de resolver, não existiria o suporte técnico das empresas para isso.

Tive alguns problemas por conta disso e por isso eu decidi focar os esforços nos projetos dos clientes de extrema confiança. Mas tá, o que são esses “clientes de extrema confiança”? São aqueles que confiaram em mim há anos, que tem um site que eu construí e está no ar até hoje, que embarcam nas minhas ideias e me pagam direito por isso. E a cada manutenção que é realizada, pagam um valor mensal ou eventual. Por essa razão e por entender que é necessário focar os esforços em quem acredita no seu trabalho, estão na minha lista de extrema confiança e terão prioridade total em novos projetos que forem realizados, como aconteceu duas vezes com dois clientes distintos.

Tudo isso pode mudar? Pode. Mas eu vou manter assim até que exista uma compreensão por parte dos novos clientes sobre a manutenção do serviço de sites e que, principalmente, manter um site tem custos, dos quais todos precisam estar conscientes. Até lá, eu vou manter a restrição e seguir trabalhando apenas com os clientes de extrema confiança, afinal, quando você trabalha com quem valoriza o seu trabalho da maneira que você merece, as coisas fluem muito melhor. Hoje essa base de extrema confiança é bem restrita, mas pode ser maior e dentro das minhas necessidades de trabalho e tempo, afinal, o meu trabalho não termina quando um site está pronto.