Sabe esse poste que aparece em várias fotos que eu tiro? Eu praticamente o adotei. Ele que fica na frente da minha casa, iluminando os caminhos de quem na frente dele passa, e sustentando os fios de energia que iluminam a casa e as outras próximas dele. E tá lá.
Quando as luzes se mantiveram acesas de dia e se apagaram de noite, eu avisei a Prefeitura, e eles resolveram. E isso três vezes ao longo desses últimos anos. É aquela sensação de que você fez alguma coisa quando o problema foi resolvido. E o poste não está desamparado.
E ele está lá, garantindo a segurança de quem mora próximo dele. Sendo um pouco referência, um pouco cenário.
Para mim, não é um poste qualquer. É parte do cenário da minha vida.
Que enquanto a casa mudava, a rua mudava, o mundo mudava, ele estava lá. E ainda está. Por sinal, lá está há 55 anos, pela “data de nascimento” gravada nele. É um pouco de passado no futuro que se vislumbra, um pouco de história que mostra que enquanto o mundo muda, ele assistiu tudo.
E ainda verei o poste lá. Por outros 50 anos. Ou até o dia que trocarem o poste. Uma hora isso vai acontecer.
Mas ele está firme e forte no mesmo lugar há mais de meio século. O que é quase uma vida. Uma referência para as vidas que passam por ele todos os dias.
Por isso, não é um poste qualquer. Pelo menos para mim. Que me apego fácil a detalhes. A histórias. A coisas. E a um poste.