O azul em meu esquema

Desde que eu comecei a trabalhar com comunicação, via um mundo azul e entendia que era assim que o meu mundo seria. E tornei esse azul um elemento fundamental na minha marca, sem a qual ela não seria facilmente reconhecida. De todas as cores que existem, nenhuma combinaria mais com a minha marca e os meus projetos com a cor azul. Como eu poderia explicar este esquema mais sólido na psicologia das cores? Começo por entender a minha missão em comunicar, ou sendo mais preciso, em transmitir as minhas ideias, sonhos e projetos através da comunicação, para que qualquer pessoa tenha acesso e se identifique com o que eu transmito todos os dias. A partir daí, eu transformo isso em conceito, e esse conceito é refletido na minha marca, que eu uso nos meus projetos.

É um trabalho público, pelo público e para o público. Em um esquema que está no slide de apresentação do meu artigo de iniciação científica que está sendo lembrado no tema da semana, o azul escuro era definido como uma cor que traz intimidade e maturidade, enquanto o azul claro era definido como uma cor que traz tranquilidade e saúde. E eu usava vários tons de azul com o passar dos anos. O meu esquema atual, de tons de azul mais claro, é usado desde 2019 e é um dos mais duradouros que eu emprego aqui, para não dizer definitivo, afinal, eu entendo que quando se muda direto a identidade visual, não dá tempo de a pessoa identificar a sua marca e vestir a sua camisa, como um time de futebol que você não reconhece as cores se elas mudarem de uma hora para outra.

No mesmo slide, falei sobre como a cor azul era a mais empregada nas marcas, visto que é uma cor que transmite confiança, força, estabilidade e segurança. Nem pensei muito nisso quando eu criei as primeiras marcas do site, mas fui pensando nisso quando ela evoluiu. Muitas vezes aquele azul mais pesado não combinava tanto assim com o meu estado de espírito. Viu que as minhas artes nas redes sociais já tiveram como fundo o azul mais escuro da minha paleta de cores, e gradualmente eu fui começando a usar os tons mais claros no fundo, deixando esse azul mais escuro para as letras e símbolos? Eu entendi ali que precisava descansar a vista do usuário e não levar uma imagem mais pesada para propostas que tem a missão de serem leves e tranquilas para os leitores.

O esquema que eu adoto atualmente aqui no site traz esse conceito de leveza e estabilidade que explica por que ele é adotado há sete anos, sempre trocando uma cor ou outra, mas nunca saindo do esquema de cinco tons de azul que eu adotei. Todos os tons de azul que eu emprego aqui foram os que eu estabeleci em 2018 para a 612 Comunicação, e que trouxe para o site no ano seguinte, inicialmente para o breve tema Luneta II, e depois, justamente no tema que há mais tempo está aqui no site e que representa essa estabilidade que eu busco, o Luneta III. Porque já se passou aquele tempo em que eu mudava direto de esquema, a cada seis meses, um ano, e quis que a minha marca fosse estável e construída ao longo dos anos, sem mudar o seu conceito, porque quando se muda demais, se perde de certo modo a identidade da marca e não se consegue fazer ela ser gravada pelas pessoas.

O que eu busco com esse esquema de azul mais estável que eu utilizo é justamente fazer as pessoas memorizarem o esquema de cores do site, de modo que elas memorizem a marca. As cores são um elemento fundamental para a criação dessa memória. Porque quando elas encontram alguma coisa com o mesmo tom de azul que eu utilizo, elas vão lembrar da marca do site. É assim com qualquer marca, e existem mudanças que impactam, e dá trabalho você mudar um elemento tão fundamental quando ele está gravado na memória das pessoas. Esta é uma das provas de que uma marca não se cria do dia para a noite. Ela nasce e se desenvolve ao longo do tempo, e a gente precisa deixar a marca se desenvolver para ela criar na mente das pessoas a identidade que a gente imaginou que ela poderia ter. Como a luneta de um planeta e seus inconfundíveis tons de azul.