As minhas memórias mais antigas são da infância, da rua onde eu moro até hoje. E lá se vão quase 30 anos, para ser mais preciso, 34 anos, moro na mesma rua desde que eu nasci. E eu lembro da rua com as casas de taipa, a maioria sem os muros, a própria rua sem calçamento.
Aliás, das memórias da rua que eu guardo, grande parte delas começou justamente no barro da rua. Sem isso, o que seria deste editor? Foi ali que tudo começou. Num ambiente que parecia rural no meio de uma capital.
Mas sabe como é, a cidade cresce e o que nela já existe evolui. Foi assim que eu testemunhei aquele cenário se transformar, as casas de taipa darem lugar a casas de tijolos com muros, e os moradores mais antigos, donos daquelas casas de taipa, lá continuaram. Alguns até levantaram primeiro andar.
A rua foi calçada. Mas a criatividade foi para o papel, e ela não se apaga. Eu posso guardar como eu tenho várias artes guardadas em papéis e cadernos até hoje. E hoje além das folhas de papel, eu posso fazer artes em telas, como as do computador e do tablet. Essas coisas que não imaginava ter quando era criança.
Bem como o próprio site. E hoje, essa é a extensão do que um dia foi o barro da rua. E se o que eu fiz lá se apagava no mesmo dia, hoje a criatividade está viva no papel. E no digital.
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O tema do terceiro dia foi “Qual é a memória mais antiga que você tem?“. Porque a maior parte das memórias dos meus 34 anos ainda estão vivas.