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Eu quis me reconstruir

Eu quis me reconstruir nesse ano que está terminando. E me permiti seguir uma rotina rígida, na certeza de que no ano que começa, tudo será ainda melhor.

Pois é, passou o Natal, aliás, ainda é Natal. Agora, é reta final de 2022. É pensar em tudo aquilo que a gente fez e não fez, e bem, eu acho que fiz mais do que eu não fiz. Foi o ano em que eu segui uma rotina, que eu me acostumei com elas. Sabe aquela vida que eu tinha antes da pandemia? Não quis retomá-la. Eu quis me reconstruir. Em algum momento isso iria acontecer, mas aconteceu de ser na marra, e da maneira que eu não gostaria que fosse, mas foi, e é história. Um modo de dizer que eu não queria mais olhar para trás e repetir os mesmos erros que eu cometi lá atrás.

Hoje eu me sinto mais realizado e com sonhos a realizar. Investi em uma rotina mais rígida e que não desse margens, que você só conquistaria um tempo livre se você fizesse o que tinha que fazer. E evita pular etapas. Faz uma coisa de cada vez, e no fim você conseguiu fazer tudo o que necessário foi. Tudo o que precisava ser feito. E esquece as velhas comodidades de uma época em que justamente essas comodidades te colocavam numa posição de não ousar. Cada pequena ousadia era comemorada. Hoje essa ousadia é a minha rotina.

Quis ficar perto do que me deixava confortável e me afastei das coisas e de tudo o que eu não queria mais. Se reconstruir também é reafirmar a sua identidade, que você construiu ao longo do tempo e quer muito consolidar. Você tem que ter orgulho do que você é, de onde você veio e fazer o melhor tanto para um quanto para outro, para que as pessoas saibam que você mudou o mundo de alguma maneira, ou ao menos tentou mudar. Mas de qualquer forma, você quer ser o dono da sua história e quer contar da melhor maneira possível.

E no fim, chegamos ao final do ano na certeza de que a nossa missão não foi cumprida. Ela apenas começou. E leva tempo para se cumprir. Para além da história que a gente conta, reinventa o modo de contar as nossas histórias e pensa logo em como o ano que vem vai ser. De alguma forma, não vai ser como esse ano. Cada ano tem a sua similaridade e a sua peculiaridade. E a gente vai contar a história de 2023 de um jeito completamente diferente, e é claro, olhando para frente. O passado já não nos serve mais para viver, mas serve para entender o que vivemos.

Há novas histórias para contar. E crônicas para escrever. E no fim, encerro esta crônica dizendo o quanto este ano foi incrível, consolidou minha reconstrução como pessoa e profissional de mim mesmo, e bem, temos novos sonhos e novas oportunidades para viver, mas para isso, ainda temos mais um tempinho para concluir este ano. E ele será aproveitado intensamente para que no próximo ano, possa dizer que a história que eu contei dele seja melhor do que a história que eu conto agora do ano de 2022.

Eu quis me reconstruir. Mas essa reconstrução ainda não terminou. Ela vai continuar, e será melhor em 2023.

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