Elementos fundamentais

Como um bom manual de instruções sobre como reproduzir uma marca, um Manual de Identidade Visual possui itens básicos para auxiliar quem nela vai trabalhar. Nela eu apresento a marca, suas cores, sua tipografia, bem como eu apresento como a marca deve ou não deve ser apresentada, e isso fica explícito no Manual de Identidade com as aplicações permitidas e não permitidas, que são ilustradas como exemplos justamente para que quem for aplicar a marca não a faça de qualquer maneira. Essa é a apresentação básica de um Manual de Identidade Visual. Mas vamos aos detalhes? Eles importam para entender cada elemento da marca.

Primeiro de tudo, é a apresentação da marca propriamente dita, em seus elementos fundamentais, medidas para reprodução com exatidão. Alguns manuais reproduzem as medidas exatas da marca em unidades, uma vez que a aplicação é em tamanhos variáveis. Ela pode ser medida em um determinado elemento da marca, como uma letra O, como um quadrado, como um círculo, sempre é usada uma referência visual, uma vez que é impossível fazer uma referência em números, tipo metros, centímetros, para a reprodução de uma marca que pode ser vista em qualquer tamanho, em qualquer tela, em qualquer aplicação.

Depois, é a vez das cores. O destaque do Manual de Identidade Visual da minha marca é a adoção das paletas sazonais, onde eu adoto uma paleta de cores para determinados períodos do ano. A paleta azul é para todos os momentos. A paleta amarela é para o período de festas juninas. A paleta vermelha é para o período de festas de fim de ano. O próprio manual de identidade dá a possibilidade de adotar outras paletas de cores conforme os momentos e as necessidades de cada projeto, de modo que não fica somente preso a elas. Mas institucionalmente, as paletas de cores da marca são as baseadas nas cores primárias.

A seguir, vem a apresentação da tipografia, para mostrar que a marca não pode ser reproduzida com qualquer uma, tem que ser com a tipografia que foi determinada por quem criou a marca. No meu caso, utilizo a Helvetica e sua “parente”, a Neue Haas Grotesk, que você vê tanto na marca como no site, bem como também nas mídias sociais. Para impressos, pode-se tranquilamente usar a Arial se não houver Helvetica ou Neue Haas Grotesk, desde que não na própria marca. O único uso permitido da Arial, como bem disse, é em impressos. E as fontes são apresentadas no Manual de Identidade Visual em praticamente todos os seus caracteres.

Alguns manuais de identidade visual possuem também aplicação em materiais, como viaturas, camisas, brindes e outros elementos. Mas no meu Manual de Identidade Visual, optei por não colocar uma aplicação em materiais, justamente porque essas partes são mais variáveis dependendo do material de cada cliente, e essa é uma parte que pode ser feita em conjunto justamente porque viaturas não são todas iguais, camisas não são todas iguais, brindes não são todos iguais. O que eu trago no Manual de Identidade Visual da minha marca é justamente isso, um norte para orientar quem vai aplicar a marca em seus projetos, desde que devidamente autorizados. E quem tem um bom conhecimento de como aplicar a marca, vai saber utilizar o manual.