Conte-nos sobre um momento em que você se sentiu deslocado.
Em quantos momentos eu já me senti deslocado? Talvez eu nem pense nisso pelas coisas que eu quero esquecer muitas vezes e quero deixar guardadas. Já tive os meus momentos de deslocamento, tristeza, reflexão, essas coisas. E em um desses momentos, quando achei que poderia ter desistido, fez surgir vários legados que até hoje trago para cá.
O momento mais marcante foi no final do curso de Publicidade, momento de concluir TCC, quando tive até que ir para a terapia. Creio que de todos os momentos de deslocamento, esse foi um dos mais difíceis. Foi nessa que passei a adotar a hashtag #naodesanime por aqui.
E até hoje, quando me sinto deslocado, eu simplesmente paro. Me coloco em modo de stand by. O mundo estaciona para mim. Como se nada mais ao meu redor importasse. Nem mesmo o que eu faço nesse momento. Mas aí eu penso que preciso continuar e dar o meu melhor.
É nesses momentos que a gente se recarrega e pensa: será que vale a pena continuar? Você reflete e continua, porque sem ser o que você é, você não é nada. Eu quase desisti naquele momento todo do TCC. Mas ganhei motivação a mais para continuar, consegui concluir o TCC, o curso, e cá estou eu.
Além da própria hashtag, surgiu também desse turbilhão todo os desafios de cadernos, onde eu fazia um desenho por folha sem arrancar nenhuma delas. Lá se foram seis cadernos desde então e desses, ainda estou no terceiro caderno de #96folhas – esse de todos os sábados. Os outros foram dois de #48folhas, dois de #96folhas e um de #40folhas.
Um momento, a síntese de todos
E como eu estava falando, a maioria dos momentos em que me senti deslocado, na verdade, é uma síntese de todos os momentos. Por tantos motivos. E de tantas maneiras.
Mas cada vez menos me sinto deslocado. Porque o que importa é que você aprende como sair desses momentos e superar quando é necessário.
E do maior turbilhão que eu já passei, herdei muita coisa que até hoje você vê aqui. Em outras palavras, me moldou completamente.
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