Vamos pensar em como as relações de um veículo de comunicação com a cidade são: é a partir de um lugar que esse veículo conta a história do lugar e de tudo o que acontece à sua volta. Poderia ser assim com qualquer veículo de comunicação e nem sempre é assim, é verdade: alguns veículos de comunicação, com esse verniz, terminam sendo ferramentas de propaganda. Mas não da propaganda que é veiculada nesses espaços, e sim de ideias dos donos. É verdade, eu uso o meu veículo de comunicação, porque eu sei que esse veículo é, um pouco para isso. Mas como ele não é um veículo de hard news, eu posso fazer o que eu bem entender nele. A gente está sempre em busca de um lugar ao Sol, sem saber como a gente pode estar nele.
Mas tá, sobre o que é o meu site? Sobre o que é o meu veículo? Vem das coisas que eu queria ter sido, das coisas que eu sou e das coisas que eu faço. Queria ter sido jornalista e não passei no vestibular na época em que essa era a ferramenta para se entrar na universidade pública. O único ENEM que eu fiz na vida me levou para um caminho bem diferente e ao mesmo tempo convergente com as coisas que eu já fazia: a Publicidade e Propaganda. Antes de tudo isso, eu já tinha esse site, já fazia as minhas artes, e eu queria fazer uma coisa que fosse a soma das coisas que eu queria fazer e podia fazer. Este site começou como um blog, e eu construí a atual proposta do site nessa linha.
E estar nessa trincheira não é fácil, porque você precisa muitas vezes brigar pelo interesse geral, diante de muitas coisas que nem sempre são parecidas, mas são atraentes para as pessoas. E você se pergunta como se manter atraente todos os dias. Você precisa estudar, você trabalha intensamente, os resultados demoram, mas aparecem. Não é algo que acontece do dia para a noite. Não há retorno rápido e ele demora, você tem que ter muita paciência para os resultados aparecerem. E eu compararia como uma planta da qual você plantou uma semente no chão, viu crescer e precisa cuidar: se você não conseguir manter essa planta alimentada diariamente, ela morre. E não se alimenta de qualquer coisa.
É por essas e outras coisas que eu digo e repito quantas vezes forem necessárias: manter um site é fundamental, afinal, a ideia das redes sociais gratuitas pode até ser sedutora, mas é aquilo: a rede social não é sua, está sujeita a moderação, tem donos, e vocês já sabem o que aconteceu com o X. Isso por si só já deveria servir de aprendizado para que entendam de uma vez por todas que rede social é ferramenta de divulgação, um meio para trazer as pessoas para cá, e jamais o final. Se não forem necessários esforços e muitas vezes sacrifícios, nada disso seria possível. Só assim para seguir em busca de um lugar ao Sol, mesmo que não faça questão de uma sombra de vez em quando.
Mas eu sei que o meu lugar ao Sol está reservado. Embora eu não saiba onde está esse lugar e eu vá precisar de uma bússola para chegar lá, que eu vá perder um pouco de tempo fazendo as minhas coisas por conta de todo o empenho que eu venho tendo, é um monte de coisas para fazer e um monte de preocupação em cima. Comecei esse texto de um jeito e terminei de outro, para mostrar que conexões emocionais importam, que conexões são tudo o que você precisa para fazer a diferença naquilo que você se propõe a fazer. E assim a gente não desanima diante dos desafios, que são muitos, que são vários, mas que sem eles, muitas coisas não seriam possíveis. Como este site.