Como mudar o cenário da ansiedade

Pode até ser difícil. Mas não é impossível. Eu tento acreditar que é possível mudar, mesmo que não seja fácil. Mudar um cenário de ansiedade exige bastante e não é mole, diante de como a vida é, de como as pessoas são, de como a gente precisa lutar contra inimigos invisíveis, que estão ao seu redor, mas você não sabe onde eles estão, nem muito menos o que eles estão fazendo. Mas você precisa lutar, lutar até onde for possível, e isso depende de muita coisa que você precisa fazer para se manter em pé. Depende muito dos planos que você faz, se eles vão dar certo, porque nada dá certo se você não combinar bem com as pessoas, porque nada é feito sozinho e cada uma tem as suas necessidades, e o que fazer quando essa sintonia não existe?

Mas eu tento acreditar. Eu preciso acreditar. Porque acreditar em uma mudança é possível, mas o que eu mais quero é poder tornar as coisas possíveis o quanto antes possível. Eu sei que nem sempre é fácil, e nem sempre é mole, mas eu já falei isso tantas vezes que soa até redundante falar. Mas eu preciso de um ponto de virada. De um momento em que eu possa jamais esquecer que aconteceu e que eu possa dizer que foi tudo uma questão de sorte, mas nunca será apenas sorte. Será exercício de competência, de mostrar aquilo que eu sou capaz, de tantas coisas que eu vou tentar me esquecer um pouco da minha ansiedade. Porque eu sei que eu ainda vou carregá-la.

Afinal, a ansiedade não vai simplesmente desaparecer. Ela ainda vai ser aquele inimigo invisível que vai me rondar, porque disso a gente não consegue se livrar da maneira mais fácil. Basta apenas esquecer que ele existe e tocar em frente. Mas como tocar em frente diante das dificuldades que sempre aparecem? É nesse momento que você fica com um certo medo. E acredita que não consegue mudar esse cenário. Mas a gente segue em frente. A gente precisa acreditar. Mesmo que as coisas não sejam da maneira mais cômoda possível, e é fato, elas nunca são, mas estão sendo difíceis em alto nível. Quem disse, também, que seriam fáceis, não é?

Quem me dera que momentos difíceis sejam apenas uma fase. Mas parece que é uma fase que não passa, um momento que insiste em se firmar, como se não quisessem que você siga em frente. Como se quisessem te ver no chão, ou até mesmo sem chão mesmo, sem ter o que fazer. Parece que é um momento que quer ficar, para saber até onde você pode ir. Até onde você pode aguentar e como vai aguentar. É sobre isso. Para falar a verdade, até onde eu consigo chegar e até onde eu posso aguentar? É algo que eu preciso refletir antes de qualquer coisa, porque é aí que eu começo a encontrar um caminho para mudar esse cenário que muitas vezes parece complicado, e de certa forma é. Mas você precisa tão somente encontrar o caminho e por onde começar.

Tenho fé que esse cenário vai mudar. Esse cenário precisa mudar. E como eu vou fazer isso, porque eu preciso fazer alguma coisa, mesmo que eu não saiba exatamente o que fazer e por onde começar. Para isso, eu preciso me movimentar. Sei que não é mole, mas eu preciso fazer o possível para que as coisas sejam diferentes. E tudo isso terá sido somente uma fase, que eu vou me lembrar desse momento quando eu pensar que as coisas não são fáceis, e de momentos mais difíceis ainda. Afinal, eu já encarei tanta coisa que eu não sei como ainda estou de pé. Mas estou de pé. Porque eu preciso estar de pé. Porque enquanto houver força, haverá motivos para lutar.