Hoje é aquele dia que o excesso de informação que acontece aqui em casa e no meu mundo toma uma cabeça caótica. Se vocês soubessem como ela está, vocês me entenderiam. Nada lá fora parece me distrair, e olha que eu tentei. E eu tentei me distrair com o quê? Isso mesmo: a informação que você recebe e eu quase nem ligo. Foi o que você viu no post anterior quando eu fiz o aquecimento do #TrendTalks e de como ele vai funcionar. Não saiu da maneira que eu queria, mas saiu do jeito que eu esperava. Precisava sair. E saiu tarde, bem tarde, pressionando todo o restante do meu trabalho. Mas sabe quando você sai dessa e você não sabe como?
Eu adoraria saber como sair dessa situação de dias chamada crise de ansiedade. Uma situação que por mais que você tente controlar, você não escapa, sai do seu controle completamente. Eu estou péssimo nesse momento, e não posso ter vergonha de dizer isso, e bem, cá estou eu relatando mais um dia como esse em um destaque da semana na Luneta que lida com coisas da cidade, afinal, o que acontece com cada um de nós é um produto de uma sociedade cada vez mais ansiosa e assustada, por mais que essa sociedade não queira admitir que está. Hoje é o dia em que uma cabeça caótica está em seu ápice máximo de quase explodir e não conseguir se acalmar diante de tanta coisa que aparece e eu não tenho o poder de resolver. Tá um caos.
E eu sei que eu vou finalizar esse dia muito tarde. Queria poder estar falando de outra coisa que já estava planejada, mas bem, não vi problema em deixar para a semana que vem, ou daqui a duas semanas. Mas vamos lá, calma, respira, e vai. Mesmo que eu escreva com um pouco de lágrimas nos olhos e entenda por que eu passo algumas noites sem dormir. Foram três até agora. Só conto as noites em que eu só dormi depois das seis horas da manhã. Isso faz tempo que não acontece, mas diante de tanta coisa que acontece ao mesmo tempo e nunca se está preparado para nada, simplesmente porque largaram você, preciso ficar sempre atento.
O caos mental faz parte do nosso cotidiano. E não é uma coisa só minha. Eu sei que esse pode ser um problema que você que esteja lendo se identifica. Queria poder resolver as coisas com tranquilidade, mas não tem sido assim, infelizmente. É como se você se sentisse basicamente um inútil, como se ninguém precisasse de você, e bem, a sua existência merece ser ignorada. Perdoe se eu usei palavras mais fortes, mas para que vocês entendam o que está acontecendo agora, elas são necessárias. Ser transparente é necessário também. Esconder o que se sente nunca fez parte da minha personalidade, e quem me conhece sabe muito bem disso.
As coisas não acontecem somente do nada. E nunca vem sozinhas. É um conjunto de fatores que se acumulam, preocupações também, coisas que eu deveria estar feliz e não estou, coisas que simplesmente não acontecem enquanto o tempo passa. E te propõem todas as soluções mais simplistas possíveis para coisas que não resolvem em absolutamente nada. E nem mesmo me distrair dessa realidade é uma opção, é uma coisa que jamais passa pela minha cabeça caótica. Você sabe como lidar com uma cabeça caótica diante de tanta coisa que acontece e nada parece sair como você quer? Eu ao menos tento me virar da maneira que eu posso.
Só espero que as coisas se acalmem ao longo do tempo. Mas eu preciso dizer que as coisas não estão calmas no momento. E eu espero que vocês saibam disso a cada erro que eu cometer, a cada lapso que eu tiver, a cada problema que eu precisar lidar. Esse foi o único jeito que eu encontrei, justamente em um destaque da semana na Luneta, para colocar algumas coisas para fora. Que eu poderia guardar para mim, mas eu não quis. E eu sigo por aqui, na esperança de dias melhores que em nada lembrem os últimos dias, que em nada lembrem dias que eu já vivi antes. Que tudo isso passe. Somente isso.
