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Aquele período divertido passou… só que não

Aquele período divertido passou. É, passou mesmo. Mas não completamente, ainda tem mais três semanas...

Eu poderia dizer que aquele período divertido passou. É, passou mesmo. Mas só a parte mais divertida dessa campanha, aquela com um monte de candidatos chamando atenção e pedindo votos de todas as maneiras possíveis. Porque aqui onde eu moro, a disputa para prefeito vai para o segundo turno. Duas propostas continuam na disputa enquanto as demais foram rejeitadas pela população. Mas sabe como é, quem teve as propostas rejeitadas vai insistir com elas na forma de apoio a um dos dois candidatos em disputa, mas o recado foi e está muito bem dado. E vai ser dado de novo caso o recado que foi dado ainda não esteja claro para eles. Porque alguns ainda não entenderam.

Afinal de contas, estamos falando sobre propostas que impactam na dinâmica de uma cidade, que eu disse e repito quantas vezes forem necessárias: a cidade não é mais a mesma de 10, 20, 30, 40 anos atrás, para se apegar a coisas que já não nos servem mais. Evoluímos rápido. Mudamos rápido. Precisamos acompanhar a velocidade das mudanças que acontecem em termos de dinâmica socioeconômica, ou ficaremos para trás pelo apego as coisas que já não funcionam mais como funcionavam em outros tempos. Quem não entendeu isso dançou. Simples. Podem insistir quantas vezes forem necessárias, que irão cair fora quantas vezes forem necessárias: quem continuar sem entender a dinâmica de uma cidade vai dançar.

Também é claro que várias coisas ficaram óbvias em relação aos nomes que foram eleitos, nos termos de que quem agrega mais apoio, é bem conhecido (isso tirando as celebridades) e tem força financeira chega lá. Afinal, quantas pessoas não disputaram uma vaga de vereador e tiveram poucos votos? Alguns tiveram o voto de si mesmo, outros o de uns poucos conhecidos, uns tiveram votações decepcionantes para quem estava na crista da onda até um tempo desses, e por aí vai. É sempre a mesma coisa em todas as eleições, e raros são os que furam essa bolha. Mas agora, a fase é outra, a da comparação de projetos, e daquilo que é realmente necessário para uma vida em comunidade, como as coisas têm que ser.

E bem, as coisas vão continuar por pelo menos três semanas, já começando a partir de agora, aliás, elas já começaram desde o domingo. Se essas coisas serão divertidas, eu já nem sei. Mas agora elas vão ficar um pouquinho melhores justamente porque as coisas ficaram bem mais afuniladas, sujeitas a um julgamento mais rigoroso, afinal, vamos ter um pouco mais de tempo para comparar as propostas. E bem, aí sim eu posso dizer, já que eu não tive essa resposta de uma maneira mais clara na semana passada, qual é a cidade que os cidadãos querem, na certeza de que escolhas trazem consequências, quaisquer que sejam as escolhas a serem feitas.

Aquele período divertido passou? Vai ficar bem mais divertido… De resto, é ver no que vão dar esse tempo de prorrogação que nós provocamos para comparar melhor as propostas dos dois candidatos a prefeito mais votados e ficar muito atento, afinal, não é porque você foi ou vai ser campeão nas urnas que você não vai deixar de ser cobrado. Porque não é e nem vai significar uma aprovação automática, tão e somente. Não vai significar descanso. O que os eleitos vão, daqui em diante e não importa o tempo, é enfrentar todas as pressões possíveis que virão de todos os lados, como tem que ser e como precisa ser. Aí você vai ver como vai ser divertido. E sabe de uma coisa? Nós é que vamos nos divertir depois desse período.

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