A reação as novas regras

Quando eu estabeleci a chamada regra do contrato, a primeira coisa que eu pensei é: eu vou perder clientes. Se for para perder por conta de que ninguém quer se comprometer, não tem problema, eu perco clientes e arrumo melhores, bem melhores. Faz parte do jogo. Ou se faz as coisas da maneira mais organizada possível, ou não se faz, simples. As regras foram apresentadas a cinco clientes remanescentes dos serviços de sites que eu fazia, que justamente por conta da ausência de regras, ora pagavam só quando precisavam realmente dos serviços, ou nem pagavam. Há ainda aqueles que devem, mas os que devem eu nem coloquei na conta desses cinco.

As regras foram apresentadas a esses cinco clientes, e todos eles reagiram da seguinte forma: entenderam, aceitaram as regras do jogo, e por tabela, os contratos. Quatro desses cinco clientes já estão com os contratos homologados e passaram a pagar direitinho. Um desses contratos precisou ser refeito por conta de um upgrade de hospedagem que precisava ser feito impreterivelmente, sob o risco de suspensão do serviço por parte da empresa de hospedagem. O cliente compreendeu o motivo do reajuste e o contrato foi refeito sob novos termos. Lembrando, era uma situação totalmente inesperada.

Este caso do contrato que precisou ser refeito é o caso de um cliente, e este está em ordem, e segue o jogo. Outros dois clientes estão com os contratos ativos e pagando em dia. O quarto cliente pediu desconto do valor do contrato, e assim foi feito justamente porque aquele contrato precisava ser assinado para que o site dele tivesse a manutenção realizada de forma regular, afinal, estes são contratos de manutenção de site: eu não posso simplesmente ajeitar os sites dos clientes – e nesse caso, todos os sites foram montados por mim – de graça. A manutenção precisa ser cobrada, afinal, manter um site tem os seus custos.

Assim sendo, quatro contratos estão em ordem, ativos e devidamente cobrados. Falta agora apenas um único contrato para que a meta dos cinco clientes que eu queria atingir seja devidamente atingida. Este cliente ainda está em negociação, a qual nunca pensei ser tão difícil, mas a cada dia dá para notar que evolui de forma lenta. Este cliente que falta está consciente da necessidade da organização das relações de trabalho através de contrato, e sabe da importância disso. Mas sabe como é essa questão de tempo, e principalmente, de paciência, não é? Estou tendo paciência, mesmo sabendo que paciência tem limite.

Apesar de faltar um contrato para ser homologado, todos os clientes entenderam a importância da regulação das relações de trabalho por meio de contratos. Agora é hora de trazer novos clientes, que já vão entrar nessa cultura, levando em consideração que a regra agora é só trabalhar por meio de contrato, não se permitindo mais nenhum tipo de serviço avulso sem regras definidas. Isso vale para todo mundo, e era necessário que os clientes remanescentes sejam regularizados para que os novos, daqui em diante, já estejam regulados. Todo mundo entendeu, porque agora sabe como é que as coisas funcionam. E segue o jogo.