Depois da greve dos professores, outra greve que começou com tudo é a dos funcionários de limpeza urbana (os que trabalham para empresas terceirizadas). Eles pedem tão somente e apenas 5% de aumento salarial (algo equivalente a R$ 30,00). E o que os donos das empresas oferecem? R$ 2,00. Você não leu errado, os empresários do setor de coleta de lixo ofereceram dois reais de aumento aos funcionários.
Diante dessa situação, os funcionários da limpeza urbana não tiveram outra alternativa (e não é para menos). Paralisaram as atividades por tempo indeterminado. Estão de greve desde a última segunda-feira, 15 de março. Fizeram várias manifestações em frente as portas das empresas de coleta de lixo. Na Câmara Municipal, acabaram se envolvendo em confusão com os seguranças do local, isso hoje de manhã.
E o resultado desse impasse entre os garis e os patrões não poderia ser outro, e quem sente é a população: a cidade já está começando a ver as suas calçadas se encherem de lixo acumulado das coletas que não foram realizadas por conta do movimento de greve. Por cada calçada que se passa tem um monte de lixo. Hoje mesmo, quarta-feira, era dia de coleta aqui na rua de casa (acontece nas segundas, quartas e sextas). Mas o caminhão de lixo não passou hoje.
E os problemas não são exclusividade de João Pessoa. Cidades da região metropolitana como Bayeux e Cabedelo também tiveram a coleta comprometida. Pelo fato de a limpeza urbana ser um serviço essencial, a lei garante que pelo menos 30% dos serviços sejam realizados, o que vem acontecendo. A greve é em âmbito metropolitano. E pelo jeito, as negociações entre garis e patrões não está andando, ou seja, essa é mais uma novela que vai longe.
Esperamos que tudo se resolva logo, antes que a cidade, ou melhor, as cidades da região metropolitana de João Pessoa se encham mais e mais de lixo. É necessário entender que o serviço prestado pelos agentes de limpeza urbana é essencial e merece ser respeitado.
E aumento de dois reais, realmente, não é algo que se possa chamar de aumento.