Olhando para trás, como cresceu…

Antes de me lembrar da noite em que este site entrou no ar na forma de um post de um único parágrafo chamado “Bem-vindo ao Diário”, eu preciso me lembrar de uma manhã e de um fim de tarde. Da manhã em que eu tomei a decisão definitiva e irreversível de criar um blog e levar para o hoje um objetivo que parecia ser impossível de atingir, até o fim de tarde que eu amadureci ao máximo esse objetivo de transformar esse sonho em realidade, até enfim colocar de vez no ar às 20:45 daquela quinta-feira de antevéspera de Natal. Era o presente que eu quis me dar e que desde então eu valorizo, e que explica a aura que dezembro tem, sendo o mês do auge da criatividade para mim.

Desde aquele momento, o mês de dezembro começou a ter um sentido especial para mim e explica toda a estratégia que eu tenho para esse mês, de fazer com que ele seja um divisor de águas a cada mês, como dezembro de 2008 foi um divisor de águas para a minha carreira no sentido de que eu agora tinha uma casa virtual para chamar de minha, ainda que ela seja alugada como ela era naquela época, uma casa que parecia ser minha mas ainda não era totalmente. Fui entendendo o que era ter uma página pública, e uma das minhas metas era evoluir para uma hospedagem própria. Outra daquelas metas que parecia impossível até eu conseguir atingir no ano de 2014, quando o site passou a ser o que ele é hoje.

E em todos os momentos e em tudo aquilo que eu acreditava que parecia impossível, é que eu me lembro da noite do dia 23 de dezembro de 2008, a primeira noite em que o meu sonho tomou forma, sem acreditar que isso aconteceu de verdade, mas vivendo aquele momento intensamente, como eu vivo até hoje. Aquele momento parecia ser só mais um momento qualquer das coisas que eu faço, mas aquela noite de 23 de dezembro de 2008 se tornou a noite definitiva, a noite em que eu tomei a decisão de realizar um sonho e ter uma casa virtual para as minhas histórias sem que ela seja uma rede social, que naquela época era um conceito novo, mas a rede social que naquela época tava no “hype” hoje não existe mais.

E isso me fez entender da necessidade de manter um espaço próprio, que sobreviva ao tempo e evolua junto com a sociedade, afinal, 17 anos são quase duas décadas, e esse é tempo suficiente para muita coisa evoluir no mundo, de nada ser a mesma coisa de uns tempos para cá. Este site surgiu no tempo do Orkut, sobreviveu ao auge do Facebook, do Instagram, da ascensão dos dispositivos móveis como fonte de informação, tanto a que se cria quanto a que se recebe, até uma pandemia que redefiniu o modo como a gente consome e produz informação, até chegarmos ao auge da inteligência artificial – será que atingimos? – e a necessidade de sobreviver como meio de informação própria em um mundo zero clique.

Olhando para trás, eu vejo como esse sonho cresceu. E talvez eu não fizesse ideia naquela época em como as coisas cresceram de um modo que nem eu mesmo acreditasse, afinal, a gente sempre acha que essas coisas são impossíveis, e de certo modo eu mostrei para as pessoas que dá para sonhar, dá para acreditar. Eu lutei para que esse momento fosse possível. E eu acreditei. Se hoje o site tem essa forma e essa capacidade, é justamente por isso: eu acreditei. E mais do que isso: eu lutei. Foi essa luta que tornou e continua tornando os meus objetivos possíveis. Objetivos que fazem parte de um sonho que eu construo de forma contínua desde às 20:45 do dia 23 de dezembro de 2008. E que não vão parar por aí, afinal, o futuro é logo ali.