Este é um post que literalmente corre contra o tempo. Por causa de uma manutenção emergencial do site, só pude atualizar ele todo dentro das 23 horas da noite desta quinta-feira. E o que dá para fazer antes que a meia-noite chegue? Talvez pensar, talvez correr, talvez não se desesperar, porque você precisa pensar que antes de momentos assim, você já viveu momentos bem mais dramáticos que te fizeram perder dias de trabalho. Diante de tudo, isso aqui não é nada. É apenas um contratempo que você precisou resolver, e tá tudo bem. O importante é que você entregou o dia no momento certo, mesmo que algumas coisas passem desse dia.
Todos nós temos pressa. Todos nós vivemos com pressa. Todos nós precisamos correr para cumprir um compromisso que a gente não conseguiu dar conta naquele momento. A gente fica aflito na demora, a gente fica aflito no tempo que parece que corre devagar. Mas a gente sente que não precisa se preocupar quando o momento de fazer o que se deve ser feito chega. Afinal, o tempo faz parte da nossa rotina, e correr contra ele também, diante das coisas que deixamos para depois em algum momento, e aí a gente pensa: e agora, será que dá para chegar até aqui e pensar que poderia ser bem diferente? Talvez sim, talvez não, talvez não precise ter pressa, talvez a gente precise se programar.
A pressa é um componente intrínseco das cidades, e quem mora em cidade grande sabe do quanto nós precisamos de tempo e muitas vezes temos pressa, e de como o tempo é tão curto onde se está. Muitas vezes, todos temos compromissos que cumprimos exatamente no mesmo horário, mas só se dá conta disso quando se vê preso em um congestionamento. O trânsito das grandes cidades é um termômetro da pressa e da paciência das pessoas, que na ansiedade de cumprir compromissos em um horário padrão, termina se atrasando porque a janela do tempo e do espaço para que todos cumpram os seus compromissos no mesmo horário é pequena, e sempre se afunila mesmo que a gente tente alargar esse tempo e espaço.
Todos nós temos algum compromisso que precisamos cumprir, e todo compromisso tem um horário para ser cumprido. A gente tenta ser pontual, mas sempre deixa alguma coisa para depois, que termina correndo para tentar cumprir aquele compromisso, e muitas vezes, não furar, não se atrasar, não ultrapassar o horário combinado, se bem que isso é a mesma coisa, mas talvez você entenda o que eu quero dizer. Porque você sabe da importância de se cumprir horários. E olha que nós, seres humanos que temos um trabalho e uma carreira na cidade grande, tentamos ser pontuais ao máximo, tentamos nos programar ao máximo, mas e quando isso não é possível, o que você consegue fazer?
Antes que a meia-noite chegue, queria falar sobre o tempo. Mas talvez a meia-noite já chegou, e eu sempre acredito que ainda tenha tempo. Porque para todos os efeitos, este post foi ao ar às 23 horas e 59 minutos. Eu consegui chegar até a meia-noite e fazer tudo aquilo que eu não consegui fazer o dia inteiro. Da próxima vez, eu preciso me programar para não me atrasar tanto. É uma coisa que eu sempre falo, é uma coisa que todo ser humano fala. E assim eu consegui escrever este texto inteiro em 20 minutos sobre o tempo que eu precisava depois de um contratempo do próprio tempo. Que eu consegui colocar no ar antes que a meia-noite chegue. Que você vai ler depois que a meia-noite já chegou.