Qual foi a primeira ferramenta digital que mudou seu jeito de criar – e por quê?
Pergunta gerada pela inteligência artificial e respondida por mim
Quando você ainda é novo, acredita que o seu potencial criativo já é suficiente e talvez nem pensa se vai conseguir superar. Só vai ter a noção disso quando crescer e se dar conta da revolução na sua criação. Foi assim com a minha infância, onde se eu não podia ter os meus brinquedos, eu simplesmente os criava. E bem, meu potencial de criatividade nasceu assim, da necessidade, se é que eu posso chamar assim, de ter alguma coisa diferente para mudar a minha rotina. E tudo isso com o que eu tinha, lápis, canetas, papel sulfite, cola, tesoura e o que mais pudesse comprar com dois reais que a minha mãe me dava. E na minha infância, dois reais eram uma fortuna.
Fazendo os meus brinquedos com o material que eu tinha, podia montar, desmontar, construir de novo se eu enjoasse, e por aí vai. Tenho alguns brinquedos e miniaturas dessa época guardados até hoje como lembrança daquilo que eu fiz para chegar até aqui. Afinal, é meio engraçado você se dar conta do que o menino de 15 anos fazia e hoje você guarda como homem de 36, quase 37. Foi justamente para dar um impulso maior para a minha criatividade que uma psicóloga nos tempos que eu fazia terapia como adolescente me indicou me matricular para uma escola de artes. E fiz isso: lá fiquei por três anos e meio aprendendo pintura e desenho.
Mas eu ainda não me via como um artista plástico. Nem me vejo assim mais, para falar a verdade. Posso dizer que eu trabalho com arte. Mas eu tinha os meus sonhos. O de levar as artes que eu fazia na rotina no computador. Antes mesmo de imaginar me matricular numa escola de artes, tive as primeiras aulas de informática no fundamental no ano de 2001, tempos da quarta série. Só tinha uma hora para mexer no computador e lá descobri o fantástico mundo do Paint. Nem precisa dizer que a partir dali o meu objetivo máximo era ter um computador, não é? Esse objetivo só se tornou concreto sete anos depois com a compra de um notebook. E a partir daqui, eu criei asas.
No ano de 2008, fiz os meus primeiros desenhos para salvar, coisa que eu não fazia naquelas aulas aleatórias da quarta série. E tantas outras artes qeu eu tinha o objetivo de fazer lá no ano de 2001, sem nem imaginar como, mas com esse objetivo em mente. Tenho essas artes guardadas até hoje, e não para menos, eles foram a base do meu primeiro perfil em uma rede social, criado no Orkut (me respeita que eu sou dessa época), e mais tarde, desta página que você está lendo. Sim, nunca pensei que eu poderia criar uma página na Internet, quanto mais em 2008. Fiz um blog, transformei ele em um site, e o resto é história.
Uma história que eu pude contar com mais ferramentas. O primeiro notebook de casa foi, como disse, coletivo. Depois cada um de nós passou a ter o seu computador. Depois, os celulares que te permitem liberar o seu potencial de criatividade em qualquer lugar. E um tablet como a evolução das telas e dos papéis que eu usava para desenhar. E a possibilidade de integrar todos os equipamentos que eu uso, filmar, transmitir ao vivo, fazer coisas que eu acreditava serem impossíveis. Só criar coisas incríveis com as ferramentas tecnológicas não basta. O computador te permitiu muito mais que isso e permitiu não depender apenas dele para criar.
O futuro não veio com carros voadores e cenários futuristas high-tech. Veio no seu tempo. E nos abriu as portas do mundo. O computador foi a ferramenta que mudou o meu jeito de criar para sempre. O meu eu de 15 anos iria ficar impressionado com o que o meu eu de 37 anos está fazendo agora. O potencial da criatividade não depende somente das ferramentas que você usa. Elas são isso mesmo, ferramentas. É assim que você trabalha o seu potencial criativo e investe ao máximo nelas. E muda o seu jeito de criar. Porque a revolução é permanente, e praticamente todo dia uma nova revolução acontece no modo como você cria.
#SetePerguntas
O primeiro post do dia no Site Josivandro Avelar. Um tema por semana, com uma pergunta por dia sobre assuntos relacionados a arte, cidade e comunicação. Pergunte o que quiser, eu posso lhe responder.