Não deve nem ter um tempo que eu falei sobre o frio. Aliás, acho que sim, falei. Faz umas duas semanas, nesta mesma coluna. Um frio daqueles de 23 graus, que depois vai para 22, e já até chegou a 21, mas foi de seis horas da manhã e eu estava dormindo. E bem, o melhor que se faz no frio é exatamente isso: dormir. Para quem reclamava do calor, se surpreendeu com a intensidade do frio. Mas é sobre isso, o clima, a intensidade que a gente não está tão acostumado assim, mas que em tempos de mudanças climáticas, bem, a gente deveria estar ou ao menos entender que as coisas andam mais intensas ou fora da ordem, não é? Não dá para se surpreender, afinal, estamos no inverno.
Todo mundo muda os hábitos pelas temperaturas, sejam elas altas ou baixas, e nesse momento de baixas temperaturas, até o gato aqui de casa, que gosta de dormir no terraço, tem preferido dormir no quarto e não ficar tanto lá fora. Afora você proteger os seus pés, se cobrir da maneira que você pode, e olha que na teoria, você deveria estar acostumado com tanto frio já que 23 graus é algo que você já sentiu em ocasiões anteriores. Ok, 23 graus é uma temperatura até amena e considerável em alguns lugares, você diria. Onde eu moro, poucos estão acostumados com isso. Mas no interior, o frio é bem mais intenso do que os 23 graus de temperatura ambiente.
Sim. 23 graus, por bem dizer, é quase uma temperatura ideal de ar-condicionado. E ousaria dizer que é a temperatura ideal para climatização de um ambiente, mais frio do que isso não dá para suportar, principalmente se você está há muito tempo em um ambiente assim, e depois, tem que encarar o calor. Não tem corpo que aguente, e mesmo em temperatura ambiente, variação brusca de temperatura é uma coisa que eu já conto o que é que eu senti nessa semana e não é nada bom. Aliás, há um bom tempo não tenho entrado tanto assim em ambientes de ar-condicionado, de uma forma que eu nem me lembro como é que era. Estou mais acostumado a temperatura ambiente mesmo.
Já enfrentei vários episódios de variação de temperatura em que eu peguei resfriados, tive problemas respiratórios, mas eu consegui me recuperar. E justamente por não enfrentar tantas variações bruscas de temperatura, eu nem me lembrava mais de como é que era justamente enfrentar uma situação assim. Mas nada comparado com esse ano, em que o fim de semana foi inesquecível, só para não falar outra coisa. Afinal, o frio não seria o frio se não deixasse consequências no seu corpo. Estou falando de um resfriado que peguei, que praticamente destruiu o meu sono na madrugada de sábado para domingo por causa do nariz entupido.
Mas eu posso dizer que pelo menos nesse fim de semana eu dormi pelo menos um pouco, ao contrário dos episódios de insônia que eu passei há um tempo atrás, por causa das crises de ansiedade. E esse episódio do fim de semana me fez ficar com aquela sensação de que você levou uma porrada e não se levantou. A parte do nariz passou no domingo mesmo, mas a sensação de quebradeira ficou na noite e só passou na segunda-feira. E hoje, bem, depois de alguns remédios e um bom repouso, eu estou melhor, e talvez mais preparado para encarar a variação de temperatura pelo menos nesses próximos dias. Para quem pensava que não seria tão intenso, o frio chegou com tudo. Para quem reclamava do calor então…