As crises que levaram o meu sono embora

Os últimos dias tem sido diferentes por aqui. Mudanças intensas, falta de perspectivas, pensar em como melhorar as coisas e no fim das contas nada acontecer, futuro profissional, tentativas de melhorar as coisas enquanto o quarto passava por mudanças, talvez eu nem pense só no quarto, e sim em me manter financeiramente, porque as coisas não estão moles e o tempo todo tem sido isso: contas, contas e contas. Muita coisa para você? Talvez você passe por tudo isso. Talvez você passe por um monte de preocupações. Eu sou humano, não sou uma máquina, e tudo isso me tira o sono. Quando eu não consigo me desligar, nada consegue me desligar.

No mês passado, encarei situações bem tensas no sentido de não conseguir dormir. E começou em um dia como hoje, no momento em que inclusive eu escrevo este artigo: a madrugada de sábado para domingo. Que parecia um dia normal, até que o sono simplesmente não veio. E eu ficando cada vez mais nervoso. E sem conseguir dormir. Tudo o que eu não poderia naquele momento era forçar o sono, ficar deitado esperando o nada, afinal, quanto mais você força o sono, menos você consegue dormir. Ansiedade é o medo da espera, e não tem nada pior do que esperar algo que não vem, ou vai demorar a vir.

Foi apenas aquela noite, pelo menos eu achava. Até que aconteceu de novo, e de novo… E assim foram três vezes não consecutivas, nas quais sim, eu precisei tomar remédios para dormir. Como explicar o que aconteceu no mês passado? Poderia dizer que sim, o que me preocupa é o futuro, independente do que está acontecendo no presente, porque tudo o que eu preciso é ter um pouco de tranquilidade para fazer as minhas coisas. Somente isso! E tem gente que não me dá essa tranquilidade que eu preciso. Talvez eu nem devesse me preocupar, mas na condição que eu estou nesse momento, a preocupação, queira ou não, sempre vai bater.

Foi a última vez, por sinal, que eu tive problemas de sono na antiga configuração do quarto, quando ele ainda era dividido com meu irmão. Há uma semana, o quarto é somente meu e ainda está em fase de estruturação, com algumas coisas ainda para serem resolvidas, como as paredes e a retirada do antigo guarda-roupa, visto que o “novo” já está em outro cômodo da casa e precisa simplesmente vir para cá. Para isso, o outro precisa sair e eu nem sei como eu vou encontrar a parede que está atrás, por isso não quero guarda-roupas grandes, o que reservaram para mim é pequeno e me basta. Por ora, não tive problemas nessa fase de dormir sozinho no meu próprio quarto, e espero não passar por isso tão cedo.

Mas a ansiedade, essa não passa. A ansiedade é sempre um fantasma que ronda você o tempo todo e te assombra quando você menos espera. Mas tudo o que eu não tenho é medo, e por isso, eu estou encarando de frente o problema e escrever sobre isso é uma forma de encarar a ansiedade de frente e ajudar outras pessoas que estejam passando pelo mesmo que eu neste momento, que não são poucas, ainda mais nesse mundo moderno e conectado de hoje. Por isso, reservei esse tema há quase um mês para falar sobre o que eu estou sentindo nesse momento, o que eu senti naquele momento, e principalmente, o que eu espero não sentir mais.