O lugar onde você mora de uma certa forma molda a identidade dos seus projetos? É uma identidade que busca destacar o lugar perto de outros de uma capital de estado já conhecida?
Pergunta feita por este editor
A gente se molda pelo lugar onde mora e tem o desejo de melhorar em nome da identidade que você criou aqui. Se eu estivesse em outro bairro de João Pessoa, eu teria ainda mais dificuldades de desenvolver essa identidade. Em outras palavras, eu seria mais um. Mas se este trabalho tem uma identidade, é pelas coisas que nasceram aqui no Rangel e se desenvolveram aqui no Rangel. E acreditando que o terreno é fértil para a minha criatividade, eu desenvolvo os meus sonhos de um jeito que ninguém conseguiria fazer igual, que ninguém conseguiria adivinhar o modo de fazer, porque o que eu faço é, de certo modo, um meio de resistência. É um meio de sair dessa caixa que a comunicação, a cidade, todo mundo está. Mostro que é possível fazer diferente e que eu sei como atingir esse objetivo.
O que eu procuro desenvolver é aquilo que eu conceituei ontem, no encerramento do segundo caderno de #40folhas, sobre o coração que pulsa do lado de lá, que está a sete quilômetros do mar pelo qual somos conhecidos e queremos preservar, a quatro quilômetros do Centro, próximo de quem está distante baseado nas experiências que eu vivi na faculdade, onde convivi com pessoas completamente diferentes de mim, que viviam em outras realidades diferentes da minha, e distante de quem está perto, afinal, o que eu poderia fazer pelas pessoas que moram próximas de mim e o que eu poderia fazer pelo lugar onde eu moro? Ali eu acreditava estar distante de tudo isso, distante de todas as coisas que me tornam próximas da minha gente. Aliás, nos colocaram nessa condição e estamos aos poucos saindo dela.
Mas eu provei que o coração pulsa do lado de lá. E ele continuará pulsando onde sempre pulsou, porque em nenhum outro lugar esse coração poderia pulsar. Porque como eu disse, em qualquer outro lugar, mesmo dentro da minha própria cidade, eu seria só mais um. E como eu iria me afirmar se não tivesse um componente de identidade? Quando você quer criar alguma coisa que seja marcante para as pessoas, quando você quer criar coisas que façam a diferença na vida de quem vê e de quem lê, e principalmente, quando você quer criar e amadurecer uma identidade própria para as coisas que você faz, sendo inspiração para as pessoas, você entende que nada disso seria possível se você não entendesse melhor do que ninguém o lugar onde você mora.
Afinal, cá estou eu, próximo de quem acredita que não estou distante, distante de quem acredita que não estou próximo, pronto para os novos sonhos e novas realizações de quem acredita que apesar de estar em uma área consolidada de uma cidade onde ainda procuro buscar a qualidade de vida que dizem existir, ainda tem o que crescer e o que conquistar, porque as batalhas são muitas e intensas. Saibam onde eu estou e saibam o que eu consegui realizar sem sair de onde eu cresci. Estou mais próximo de vocês do que vocês acreditam que eu possa estar distante, em busca do que eu acredito e com o apoio das pessoas que me consideram. Saibam o que eu faço e faça-se saber a quem não sabe. Mas saibam onde o meu coração pulsa e minha cabeça trabalha.
Este é o tema “Conhecendo Você”, o primeiro post do dia no Site Josivandro Avelar, com perguntas que eu respondo sobre temas de autoconhecimento e cotidiano. Inicialmente elaboradas por inteligência artificial, as perguntas passaram a ser elaboradas por mim e pelo público através dos canais de contato e redes sociais.
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