O paraíso dos supermercados

A área onde eu moro no Rangel tem uma concentração interessante de supermercados, e é bem movimentada justamente por causa deles, que são grandes. Mas onde eles exatamente se concentram? São três supermercados próximos da feira, que ok, hoje é um terreno em obras, mas continua sendo a feira e logo vai ser um Mercado Público. Um outro supermercado a quase 300 metros dos outros. Ou seja, temos quatro supermercados nesse raio de quase 350 metros, cada um com um perfil e preços diferentes, de modo que você não precise bater tanta perna para ir de um a outro comparar preços, afinal, em um lugar pode estar mais caro, e em outro nem tanto.

Essa concentração de supermercados mais a própria feira que está em obras para se tornar efetivamente um Mercado Público atrai outros tipos de comércio, bem como cria de certo modo um ambiente mais movimentado e comercial. Justamente por conta dessa concentração e de ser uma área já conhecida e consolidada, pessoas de outros bairros vem por aqui, e logicamente, isso tem os seus reflexos no trânsito. Desses quatro supermercados, três tem estacionamentos próprios. Desses quatro supermercados, três tem facilidade para carga e descarga dos caminhões de mercadorias. O supermercado que não tem nem um nem o outro é exatamente o mesmo.

É lógico que existe em uma pequena proporção um certo impacto de mudança por conta dos atacarejos, ainda mais porque quatro deles ficam em áreas da BR-230 que ficam em outros bairros, mas de face ao Cristo Redentor. Mas isso se reflete mais na questão de quem usa carro, afinal, tudo o que você precisa é atravessar a BR, e quem depende do transporte público não tem essa facilidade não por conta de acessos que agora já não devem mais faltar, e sim porque ninguém consegue carregar tantas sacolas em um ônibus. Se quiser ir de ônibus a um atacarejo, só a ida já basta e nem precisa ser em um desses da BR. O carro de aplicativo resolve na volta.

Ainda assim, é justamente pelos custos de transporte que os moradores do bairro seguem movimentando os supermercados, e outros que moram mais distante continuam frequentando os supermercados do bairro por uma questão de tradição e pelos preços mais em conta, apesar da concorrência dos atacarejos. Muito ainda precisa ser feito para solucionar questões de trânsito e estacionamento que continuam caóticas, afinal, já passou da hora de intervenções acontecerem justamente para facilitar a vida de quem chega e quem sai. E ainda digo que esse movimento ainda tende a crescer ao longo dos anos.

Afinal, se tem uma coisa que movimenta e muito a economia do bairro e o torna de certo modo uma área central para o consumo básico, que é uma coisa que não se encontra com tanta facilidade nem mesmo em outros bairros de comércio tradicional, são justamente os supermercados. Até porque em algum momento, a gente vai precisar do mais básico, que é o que um supermercado vende, e a qualquer momento a gente pode fazer uma pequena ou grande compra para atender as necessidades básicas do dia a dia. É isso que movimenta o nosso dia a dia, e é um movimento constante, que não para e só cresce a cada dia.