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Por uma cidade mais dinâmica

A gente está aqui por uma cidade mais dinâmica. Com um olhar de passado, presente e futuro

O ano de 2023 termina com a certeza de que, por mais que eu não tenha me esforçado mais do que deveria para debater melhor a cidade na coluna das quintas-feiras, nos perdemos na construção de uma cidade dinâmica na certeza de que é essencial se encontrar nela. Muitas vezes é fundamental reconhecer os erros que se comete nesses debates, que hoje em dia tem a profundidade de um pires, porque ninguém entende melhor da cidade do que as pessoas que nela moram.

A gente chegou até aqui na certeza de que nada nos faz andar para trás no princípio de que cada pedaço de terra importa. E agora que a gente está aprendendo a valorizar, não pode simplesmente desaprender em nome daquilo que consideram “objetivo maior”, mas que sempre passaram a vida toda nos desconsiderando. Visão de colônia e metrópole da Idade Moderna (a que vem antes da Idade Contemporânea) é coisa do passado.

Quando a gente tem o dom de escrever nossa própria história, é que nem os cadernos de folhas: aquela é a nossa história e a gente não precisa arrancar as folhas do caderno para escrever tudo de novo da maneira que a gente gostaria. A história fica para sempre e o que a gente construiu e vai construir aqui já faz parte da nossa história. Isso faz parte de uma cidade dinâmica: entender que toda história de todos os cantos dela são importantes.

Em 2024 seguimos debatendo a cidade de forma mais profunda e menos superficial, e de certo modo com um olhar mais apurado, o que certamente a eleição municipal não vão trazer. Ninguém parece estar preocupado com a visão da cidade no futuro, quer se prender a um passado cujas roupas não nos serve mais. Afinal de contas, será que 30, 40 anos de vizinhança nada valem?

A gente está aqui por uma cidade mais dinâmica. Com um olhar de passado, presente e futuro das cidades que fazem parte da cidade, porque enquanto enxergarmos cada bairro como uma cidade à parte, será difícil estabelecer uma unidade que nos faça parte da cidade. E eu sempre vou olhar para frente. Talvez em 2024 eu encontre um caminho e veja as coisas continuarem acontecendo.

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