Chegamos na semana em que o site completa 15 anos. E nada pode ser mais natural do que olhar para trás e ver o que você construiu, o quanto as coisas mudaram e o quanto você lutou para que seu sonho chegasse ao tamanho que chegou, na certeza de que você ainda tem muita estrada para percorrer e esse sonho ainda pode ficar maior. A mudança é constante e o tema do aniversário do site fala justamente disso: das mudanças constantes e da manutenção de sua essência.
Neste fim de semana, mais uma mudança no quarto. As paredes mantêm a cor que aparece no fundo dos desenhos tradicionais que eu sempre posto todos os fins de semana. Tive até que adiantar algumas coisas para poder abrir espaço para o reboco das paredes e da pintura delas. E tudo isso acaba de terminar, de modo que eu já estou trabalhando no novo quarto. Algumas coisas mudaram de lugar, outras permaneceram onde estão.
Mudar o tempo todo sem mudar quem você é, de onde você é o que você faz é fundamental para reafirmar a sua identidade como pessoa, cidadão e comunicador, na certeza de que você apenas representa, e é com seus meios que você tem o poder de mudar mentalidades retrógradas, e mais nenhum poder além disso. Porque onde eu vivo, a inovação assusta e incomoda, e lutar contra o retrocesso é uma tarefa árdua quando as pessoas se tornam acomodadas e acham que tudo está ótimo da maneira que está.
É assim que você se torna voz de quem não tem voz ou de quem teve sua voz calada pelo grito de quem fala mais alto. É assim que você ocupa um vazio que planejam esvaziar. É assim que você ocupa o seu espaço. Porque é aqui que você é você e não é só mais um. Seja referência de um lugar, de uma técnica, de um método, chame para si a responsabilidade e o potencial que você tem. Mude o tempo todo, sem mudar quem você é.
A mudança é constante, e muita coisa aconteceu em 15 anos. O que eu mais quero é que os próximos 15 anos não sejam iguais a 15 anos atrás. Porque ainda temos muito a construir, a evoluir, e principalmente, que essa evolução seja construída com as nossas próprias mãos. E sigo por aqui, em busca de histórias, pois onde eu não mais as encontrar, eu encontro algum jeito de contar. Porque quando uma mente se abre, ela jamais volta ao seu tamanho de antes.
E quando uma mente se abre, nós nos mexemos, nós mudamos, nós contamos história, afinal, a mudança é constante. Mas continuamos sendo nós.