Dezembro é o mês em que a maioria das pessoas (que eu conheço) reservam para dar uma nova cara a sua casa. Uma dessas pessoas que conheço, bem, é a família mesmo aqui de casa.
Momento reforma e pintura de terraço: tudo novo para o Natal. A cor do terraço era pêssego, e precisava ser retocada. Para isso a minha mãe adquiriu quatro sacos de tinta nessa cor. Todos foram utilizados e não deu para pintar tudo.
Tanto é que foi necessário adquirir um quarto saco de tinta. Mas aí aconteceu um erro grave do vendedor.
Haviam vários sacos de tinta de várias cores, e eu pedi pêssego. PÊS-SE-GO. O vendedor me dá um saco de tinta numa cor amarelada. Parece pêssego.
No que o pintor contratado para executar o serviço misturou a tinta, percebeu que aquele pêssego estava pálido demais. No dia seguinte quando a tinta secou e o pacote foi verificado, a constatação: a cor daquele saco de tinta era branco-gelo. No saco de tinta parece pêssego, agora olha o efeito disso na parede do terraço e veja a diferença:
E o vendedor ainda disse que é a mesma coisa. Como você pode notar, não é. E olha que era só para fazer os retoques – imagina se fosse outra parede o desastre que seria.
Vamos aplicar isso num esquema de cores – aí sim você vai ver o que é diferença gritante e que não são a mesma coisa (Importante: há variação de tonalidade, e essas são as mais exatas que consegui):
E então, deu para perceber que é imoral dizer que branco-gelo teria o mesmo efeito de um pêssego na parede. Não tem.
Portanto, caro vendedor, não tem o mesmo efeito. Branco é branco, amarelo é amarelo, pêssego é pêssego. E tá aí a prova na parede do terraço.
Resultado: nova tinta pêssego comprada, e serviço todo feito de novo = investimento transformado em despesa.