Uma árvore próxima de casa

Aqui em casa há verde, e isso você pode conferir ao longo da semana. Mostrei ao longo da semana como o verde tem me inspirado de mais diversas formas, por causa da tradição da minha mãe de manter um jardim em casa, herança essa da minha avó. Muito dela está por aqui até hoje, e essa é uma tradição que continua nas residências das minhas irmãs. Mas quem me acompanha nesses 16 anos e meio de site sabe que o verde sempre me acompanhou, desde os tempos das aventuras fotográficas até as artes tradicionais e digitais. Para além do verde de casa, existe o verde que a gente vê todos os dias no caminho.

E pelo caminho eu posso encontrar todos os tipos de árvores. E eu posso dizer: ainda bem que eu encontro árvores pelo caminho, dentre elas, árvores que eu vejo faz vários anos, e que quando são cortadas, você logo sente falta da presença delas, de tão marcantes que elas são na paisagem urbana, para além da importância que elas têm na questão da sombra que faz, da contribuição para temperaturas mais amenas, para o ar que a gente respira e as árvores contribuem como se fossem um filtro. Por onde eu passo, lá estão elas, de várias espécies, de vários tipos, em todos os tons possíveis de verde, além do colorido das flores.

Muitas vezes, as mesmas árvores estão por todos os lugares, e cadê aquelas que eu mais gostaria de ver? Já vi arbustos de todos os tipos, os pés de jasmim do caribe que eu falei tantas vezes, pés de acácia, mangueiras, goiabeiras e cajueiros, para ir no campo das árvores frutíferas, entre tantas árvores que foram plantadas ao longo das ruas por onde eu passo. Uma árvore que eu encontro com frequência nas minhas caminhadas quase diárias é o tal do pé de castanhola, que é uma árvore que atinge pelo menos uns 10 metros de altura. E posso ver de longe. Mas tem uma árvore que eu queria poder encontrar nas minhas caminhadas, mas eu preciso andar um pouco mais longe para encontrar.

Encontro árvores de todos os tipos, mas tem árvores que eu queria poder encontrar mais na minha rotina de caminhadas. De todas as árvores que eu não costumo ver com frequência perto de onde eu moro, o que eu mais queria ver perto de casa é um ipê. Um ipê amarelo, rosa, da cor que for. É uma árvore que eu encontro em vários pontos da cidade, mas é muito rara nos arredores de casa. Até que tem por aqui no bairro, mas não no meu raio de alcance. É uma árvore que traz um colorido característico em determinadas épocas do ano e seria interessante de ser plantada em uma dessas ruas largas que tem por aqui.

O verde traz uma inspiração única. Por onde você passa, aonde você está, o verde marca a sua vida. Traz lembranças dos jardins da sua casa quando você era criança, dos jardins da casa da minha avó, dos jardins da casa da minha mãe. As plantas vão mudando conforme ela vai adquirindo ou ganhando, o que mostra o quanto o jardim também acompanha as mudanças e a dinâmica da casa, afinal, minha mãe gosta de orquídeas, e sempre arruma algumas diferentes, afora todos os tipos de plantas possíveis que conseguir e puder. Além das clássicas palmeiras e pés de comigo-ninguém-pode que são clássicos.

Registrei vários desses jardins em fotos, que foram exibidas ao longo das artes de cabeçalho das #SetePerguntas desta semana, além das árvores da lendária cobertura da inauguração do Parque da Lagoa. Fotos de várias épocas, de todos os momentos, e de todas as oportunidades que eu tive para registrar o verde que eu encontro perto de mim. E sendo essa uma das maiores heranças que a minha mãe pode deixar, ela continuará firme e forte aqui em casa, nas casas das minhas irmãs, e quem sabe um dia, na minha própria, que nem sei se um dia ainda será essa. Mas uma coisa é certa: essa é uma herança que eu vou levar para onde eu for, na certeza de que o verde sempre será uma inspiração para mim.