Um filme que passa na cabeça

O Natal é como se fosse o ápice de tudo aquilo que você viveu naquele ano, e comemora com as pessoas que você quer ter por perto. E é nesse momento que passa talvez não um filme, mas uma retrospectiva inteira na sua cabeça de como esse ano foi. Das coisas que eu conquistei as coisas que não saíram como o planejado, tudo fez parte desse ano tão intenso. A intensidade, aliás, não se mede somente pelas coisas que fizemos e deram certo que vivemos em um ano, mas em tudo mesmo, afinal, sempre tem aqueles imprevistos que acontecem que fazem parte de toda trajetória. Umas coisas dão certo, outras nem tanto, e é a vida, e tá tudo bem.

Dezembro é aquele mês que ao mesmo tempo que traz toda a intensidade do final do ano, é aquele momento em que tudo começa a desacelerar até parar, e ao mesmo tempo é o momento que a gente faz o balanço do ano que termina e pensa nas perspectivas do ano que começa. Nesse momento em que a gente desacelera até parar, é o momento em que a gente comemora o Natal, se reúne, confraterniza, e deseja Feliz Natal para as pessoas que não podem estar com você naquele momento por igualmente estarem com suas famílias, mas que você considera bastante, por terem feito parte da sua vida e por terem feito esse ano acontecer.

Natal é sobre isso, para além do aniversário de Cristo, que é o que a data significa. A celebração do nosso motivo maior de estarmos aqui, e daquilo que a gente entende como a celebração da vida, de tudo o que conquistamos ao longo do ano, e da história que a gente construiu. Todo ano a gente dá um passo importante, e todo ano a gente comemora cada passo que a gente dá para construir o nosso futuro. O futuro, aliás, é feito desses passos. Que não são como se fossem os passos que a gente dá todos os dias simplesmente quando se está andando. Cada passo é importante justamente por isso, porque não se trata de qualquer passo.

E é nesse momento que se passa um filme em nossa cabeça de quão intenso o ano foi, das coisas que vivenciamos, dos momentos que passamos, do que a gente precisou reconstruir, do que aconteceu nesse momento, tantas coisas que moldaram esse ano tal como ele foi. E ele praticamente acabou., A única coisa que a gente vai precisar fazer nesses sete dias que ainda restam deste ano – faltam oito porque o ano que vem, logicamente, não começa no dia 31 – é arrematar as histórias que construímos nesse período e dar o toque final a pasta de arquivos, que é uma coisa que eu faço todos os anos e é uma das marcas pessoais do meu acervo de imagens.

E então, quão intenso o ano foi? O que a gente pode aprender desse momento? O que a gente vai levar de história desse ano que termina? Ainda temos mais sete dias para entender e entregar uma resposta completa para vocês. Esse é mais um filme que passou na nossa cabeça e já está completamente gravado. Só falta uns toques de edição, afinal, faltam só os créditos finais do ano de 2024. E a gente vai começar a construir esse momento agora. E comemorar mais uma vez na semana que vem, quando um novo capítulo da nossa história começa, e estamos prontos para gravar um novo filme em nossas cabeças.