Tudo vai ser do meu jeito

Morando na minha casa, com minha mãe e meus irmãos, eu nunca tive um ambiente que eu pudesse dizer que fosse um ambiente do meu jeito. Pois assim será o meu quarto, que vai passar por alterações justamente para isso: para ficar do meu jeito, afinal, vai ser a primeira vez que eu vou ter um ambiente que eu possa dizer que seja meu e que eu tenha o controle. Nas respostas anteriores, eu falei sobre algumas coisas que eu planejei para o quarto e outras que já estão encaminhadas para serem feitas, afinal, a mudança irá acontecer, como eu disse, para o meio do ano, no que dá para calcular no mínimo uns 60 dias. Pelo menos é isso que eu acredito, diante de toda movimentação.

Algumas coisas estão sendo feitas e outras já encaminhadas a meu pedido. A primeira delas, foi a porta de madeira, que eu mandei instalar por detestar a porta de vidro que existia bem na minha frente. Você não tinha privacidade, pois mesmo que a porta seja opaca, fica a sombra do outro lado. Você não tinha acústica, o barulho podia entrar para dentro do mesmo jeito que o barulho que eu faço aqui poderia vazar. Você não tinha uma parede livre, como eu queria que as quatro fossem e assim será. Como disse anteriormente, a porta de vidro foi vendida e com o recurso dela, foi adquirida e instalada a porta de madeira, que deu bastante resultado para aquilo que eu esperava.

A segunda dessas coisas que ainda vai ser realizada, quando houver a desocupação do guarda-roupa que não irá ficar por já estar desgastado e ser grande, é a pintura das paredes de azul. Uma delas, que é justamente a parede que fica atrás do guarda-roupa, vai ser recuperada de qualquer maneira, visto que o guarda-roupa não saía do lugar porque se afastado, poderia ficar comprometido de forma permanente. Quando as paredes eram pintadas, sempre se optava por não pintar a que está atrás do guarda-roupa. Hoje o quarto tem as paredes na cor verde-piscina, mas elas serão pintadas de azul a meu pedido, por ser a cor que me identifica desde sempre, e explicitamente quando eu passei a trabalhar com comunicação.

A terceira delas é a mais óbvia: o beliche cai fora, até porque o meu irmão vai mudar de quarto, eu que vou ficar onde estou, o que não deixa de ser uma mudança, afinal, é uma mudança de dinâmica. Uma cama normal vai entrar no lugar. Uma cama que eu possa arrumar com tranquilidade sem me preocupar em fazer malabarismos ou bater com a cabeça como já aconteceu comigo várias vezes nesses 19 anos que o beliche está aqui. Uma cama onde eu pelo menos possa ficar além da hora de dormir se assim eu quiser. Eu nunca gostei de dormir em beliche, nem esses 19 anos foram suficientes para eu mudar de ideia.

Além de tudo isso, vai ter uma série de ajustes no banheiro, afinal, a pedido da minha mãe, a casa onde eu moro foi construída no terreno da antiga – por isso a temporada na Rua dos Milagres – onde foi aproveitado todo o terreno possível e os três quartos tem cada um o seu banheiro. Tirando o fato de que dividindo o quarto com o meu irmão eu tenho que usar o mesmo banheiro que ele, não existe um banheiro coletivo – até existia aqui em casa, mas virou um cômodo de guarda-treco -, de modo que cada um usa o seu banheiro, o que vai ser possível de maneira plena quando cada um estiver em seu quarto. Só que o que eu preciso é que os problemas existentes no banheiro sejam sanados.

Esse é apenas o começo, afinal, como a premissa de uma trend que viralizou nas redes sociais no começo do ano, primeiro você começa, depois você melhora. Não dá para pensar em fazer tudo de uma vez com os recursos que se tem atualmente. É preciso ir construindo o ambiente com calma, que tudo o que foi planejado vai se tornar concreto. Só sei que agora, as coisas vão melhorar bastante no sentido de que eu vou ter um espaço onde eu possa realizar as minhas atividades com privacidade, e até iniciar outras atividades que hoje não são possíveis. Tudo vai ser do meu jeito, e tudo vai ser diferente daqui para frente.