Reposição do sono

Antes de responder a pergunta, queria lembrar que esse tema das #SetePerguntas da semana, sobre as noites e madrugadas, foi determinado na quinta-feira da semana passada, junto com mais dois temas para as próximas duas semanas. Não poderia imaginar que na madrugada de sábado para domingo eu teria uma crise de insônia, a primeira das várias crises de ansiedade que eu teria. Depois vieram os combos. Insônia, irritabilidade, tremedeira. O dia de ontem foi bem difícil de aproveitar. Foi um dia que eu só consegui dormir por volta das seis e meia da manhã. Não foi pior que o primeiro em que eu dormi de sete horas. Dias assim são raros. Mas acontecem. E quando acontecem, eles não avisam exatamente quando irão acontecer. Te pegam de surpresa.

Para os padrões ditos “normais”, eu durmo tarde. E logicamente, eu termino acordando tarde, mas eu me adaptei a essa rotina mais noturna, aquela que, como bem disse, é onde eu me sinto mais produtivo e mais ligado. Uma rotina que eu estabeleci depois que eu terminei a faculdade, alterando radicalmente a minha rotina de então, em que eu dormia de 22 horas e acordava de 5 da manhã. E eu já tinha crises de ansiedade desde essa época, de se pressionar a dormir e muitas vezes ou não conseguir, ou dormir pouco. Concluir a faculdade foi o momento perfeito para chutar o balde e estabelecer a minha rotina, sabendo que eu não iria muito longe no mercado, só para não dizer que não teria a menor chance.

E é aquilo: quando uma porta se fecha, pegue uma marreta e abra a sua porta. Foi o que eu fiz, não de forma literal, lógico, mas metaforando as oportunidades que eu criei onde eu não as encontrei. E quando você cria as suas próprias oportunidades, você se adapta a uma rotina que você mesmo estabeleceu, e é aqui que você encara o seu maior desafio: se obedecer, estabelecer as suas próprias regras. E entendendo que eu me sinto mais produtivo de noite, me adaptei e adotei de vez as madrugadas, dormindo no meio delas e acordando de manhã em uma hora mais tolerável. E me sentindo bem assim.

Mas aí você se pergunta: o seu sono não está irregular? Eu procurei me adaptar a minha nova realidade, estabelecendo um horário mais claro de dormir e acordar. E no meio do dia, eu dou um jeito de tentar repor o sono, mesmo que se diga que sono perdido é aquele que não tem mais como recuperar. De vez em quando eu tiro uma soneca. Mas não é sempre que se adormece. Tem momentos que eu fico ligado o dia todo, tem momentos que me dá preguiça, mas nesses últimos dias, eu tenho dado um jeito de espantar a preguiça com as frentes de conteúdo, um treinamento para o que vem por aí e eu queria intensificar.

E assim eu lido com o meu sono, que ainda estou procurando depois de duas noites e meia em que eu tive crises de ansiedade que não me permitiram justamente isso: dormir. Mas eu sei que nos próximos dias, já com o novo ambiente e sem as tantas restrições que o atual tem, que eu vou reavaliar a minha relação com o sono. Que eu vou ter um pouco menos de problemas e que eu vou conseguir dormir sem tanta pressão. Talvez seja isso que eu precise nesse momento. E enquanto isso não acontece, vamos com o que temos e vamos com o que dá, e se eu perder o sono em algum dia, que eu espero que demore bastante, eu procuro repor da maneira que eu posso.